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domingo, 3 de abril de 2011

QUE NADA É ESSE?





Abri o word e parei em frente à tela branca... Estou vazia, sem ânimo, sem inspiração para colocar as palavras em ordem e corretamente. Mas preciso! É meu vício.

Há uma tristeza seca em minha alma, daquelas que não chora, não escorre, não dilui. Estou ensimesmada na intensidade do que sinto, sem ter pra onde ir nos meus pensamentos, sem guarida nos meus “ais”. Estou cheia de um vazio cheio de nada! E esse nada parece que é o tudo que tenho... Então vou escrever sobre o nada!

Vasculhando , vou andando no espaço e no tempo, sem cor, sem cheiro... Tudo ausente! Até a dor que me tangia o âmago se esvai. Eu a esqueço, na ânsia de decodificar o nada, e assim vegeto em seu regaço. Dor que nada é e que vai moendo meus sentidos, corroendo minha armadura tão frágil, pobre e leve. Quão perecível sou, nessa casca dura que não dura!

Quão profundo esse nada que pareço estar mergulhada! Profundidade somente menor que a do seu olhar. Que falta dos teus olhos ternos nos meus! Faltam-me teus gestos e palavras, que nunca foram ditas e por isso não consigo lembrá-las. Há silêncio no lugar dos teus sons. Silêncio nada é...

Calo dentro de mim teus risos, emudeço tuas promessas, apago teus gestos. Nada mais resta dizer do nada. .. Esvazio-me das revoltas e amarguras que se misturam, e não posso dividir os sonhos e as esperanças do caminho, pois não as tenho.

Estou vazia de nada, e cheia de tudo... Paradoxal. (num momento sem inspiração)


Marly Bastos

2 comentários:

  1. As vezes passamos por isso, gostei de seu texto, é bem particular, você mostrou seu estado de espírito atual, é preciso ter coragem.
    Grande abraço e sucesso!

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  2. Vim agradecer a visita e conhecer seu blog. Gostei muito! Criativo e interessante. Continuarei dando uma passadinha sempre p olhar as novidades. Abraço

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