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quinta-feira, 29 de março de 2012

FRUTA MADURA!

A absorção da dita “maturidade” não é adquirida com os anos e sim com as vivências e chega-se a ela pelo histórico de vida,  pelas experiências acumuladas e pela abertura que se tem pelo mundo.  Conheço quem viveu 70 anos e tem a imaturidade dos 12 anos e outros que viveram apenas 20 anos e que tem a pretensa maturidade dos 40 anos. Portanto, maturidade não é somente cronológica... Há pessoas que não amadurecem, apenas envelhecem!     


A maturidade humana é difícil de definir, pois é alicerçada na subjetividade. Creio que poderia usar a analogia com as frutas.  Elas verdes não são gostosas. O morango é ácido, a melancia insossa, e a pera é dura. Agora essas frutas maduras ... São apetitosas, suculentas, doces! Assim somos nós se imaturos “ácidos e duros”, se já alcançando a maturidade, “doces, flexíveis, temperados”...

Maturidade, é ter uma visão do mundo que extrapola o limite e o centro do eu; é ter amplitude e expansão da alma; é adquirir flexibilidade social; é gerar atitudes de aconchego. Não é que necessariamente devemos ser sábios na maturidade, mas às vezes ter uma palavra certa, um gesto exato, uma atitude norteada para com aqueles que carecem. É enfim, tirar os olhos do próprio umbigo e sair da questão “do que eu ganho com isso?” E voltar-se para outra questão “como posso contribuir e ajudar?”

A abençoada cegueira da juventude, aos poucos se vai embora, e com ela o egoísmo, as atitudes levianas e decepcionantes. Os olhos se abrem para a compreensão de que não adianta chorar o passado; nem cair na desilusão; ou tampouco perder o ânimo de envelhecer jovem e chegar ao fim da linha com uma reserva de amor, com a lucidez aguçada ao menos na alma, sem ser engodado pela amargura.

Existe um espaço de tempo para que o amadurecimento pleno aconteça, variando de tempo para tempo quando se trata do amadurecimento subjetivo, pois vai depender das experiências que cada indivíduo teve, e como ele absorveu essa vivência.
E nesse processo de amadurecendo, vamos entendendo que para a plenitude ainda falta muito e creio que chegamos ao fim da linha com a sensação de que ainda não somos “fruta madura no ponto...“

Marly Bastos

segunda-feira, 26 de março de 2012

PÉ NA BUNDA DÓI!


Ninguém está imune ao funcional, famoso e meio esquisito acordo entre um casal no término de um relacionamento: “Eu entro com o pé e você entra com a bunda.” Pra quem entra com o traseiro não é muito bom... Dói! Dói no coração, sangra na alma, e dilacera os sonhos. E não adianta ser bonita, inteligente, interessante, divertida, bem humorada, elegante, descolada, etc, pois em algum momento da vida você vai levar um tremendo fora, vai ser dispensada numa boa e claro, como todas são filhas de Deus, em determinado relacionamento vai querer se ver livre de alguém também.
    
Tem quem aponte as vantagens do “pé na bunda”. Uma dessas vantagens é empurrar pra frente. O fim de um relacionamento traz  reviravoltas, e isso significa transformar o amor pela pessoa em amor por ela mesma. Para isso é preciso aceitar o “the end”,  e ter consciência que não depende de você querer, mas de precisar tocar pra frente, de continuar a viver, de não se entregar.
      
 A verdade é que o “pé na bunda” dói no coração, na alma e no ego. É traumatizante ouvir “dar um tempo”, “repensar” ou “melhor um afastamento”... Isso dói! Não importa o grau do relacionamento, lidar com o fim ainda amando, apaixonada, gostando, acomodada na relação é algo que machuca, pois não é fácil deixar de ter a presença da pessoa, os cuidados, a rotina. Éh... perder e lidar com as perdas não é fácil.
      
Quando você sente o impulso dado no seu traseiro, você tem vontade de chorar, implorar, pedir pra não acabar. O ego fica frágil, você se descabela e pensa "onde que foi que eu errei?" Não, você não errou, isso faz parte da finitude das coisas, às vezes o  querer é uma via de mão dupla. Simples assim, um vai e o outro fica, ou um segue um rumo e outro vai na contramão.
     
 Que pena que a chama se apaga, que a luz foi fraca para iluminar os quereres do outro, que a vela queimou todo o pavio que era curto... É fundamental que se perceba o fim de um ciclo amoroso, para que outro possa ser  começado (ou não). O importante é não guardar esperanças de retorno, “de talvez”, para que assim, esteja aberta para viver coisas novas. Agora, vai explicar isso ao coração! Eita orgãozinho turrão!
  
Recebeu um “pé na retaguarda” meio que de surpresa, daqueles grandes que te fez perder o rumo de casa? Chore, pode chorar, pois com certeza  “há um rio de lágrimas sobre os seus olhos”. Mas, como diz minha amiga Rosie, “se chorar, chore por você mesma, pela sua dor e ao mesmo tempo agradeça por ter acalentado na alma tão nobre sentimento, enquanto a outra pessoa, possivelmente nem o experimentou na mesma essência...” E no ápice da dor de cotovelo, vale lançar mão de uma frase nada sentimentalmente correta, mas que dá um certo ar de que estou por cima: “A gente pede desculpas por ter amado mais para nós mesmas, porque porcos não diferem pérolas de milho.”[O cúmulo do despeito né? Mas, pra aliviar a dor vale tudo!]

Alma lavada, ego enganado, agora é hora de reagir e investir em si mesma, pois isso é o mais saudável. É hora de trabalhar o amor próprio e a lucidez. É obrigatório sabia? “Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima.” Entre mortos e feridos, você sobreviveu.
  
     Então, se você acabou de levar o famoso "pé na bunda", o jeito é juntar os cacos e canalizar energia em tudo o que lhe possa fazer bem. E isso pode significar cuidar do corpo, e pra não pensar nele vale correr no parque, fazer bastante musculação, ou também, pode fazer brigadeiro de colher e comer sozinha, mandando tudo o mais às cucuias. Chocolate também é bom, tem serotonina, a substância do prazer... Ou faça o que você quiser, mas não corte a jugular! No máximo uma falange, só pra lembrar que está viva e tem “otras cositas que dolen , talves mucho mas que llevar con los pies en la cola.

quinta-feira, 22 de março de 2012

VEM CÁ! . . .


Vem cá!
Derrame-te em mim por inteiro
Eu desejo o teu gosto e cheiro
Vem! Homem faminto
Dominando meu instinto
Cavalgando em meus desejos
No ritmo do nosso arpejo.
É assim que te desejo...

Vem cá!
Acaba comigo em puro êxtase
E faz-me transpirar gemido
Aflorar a libido,
Gemer sussurros
Calar meus urros
Nas ondas dos teus arrepios surfar
Nos teus apelos lambuzar.

Vem cá!
Chega-te a mim,
Do jeito que esperei enfim,
Apaixonado e carinhoso
Fazendo do meu corpo teu repouso,
Seqüestrando meu gozo
Aprisionando meus anseios
Com esse seu jeito assim, sem receios...

Vem cá!
Invada meu corpo inteiro
Quero-te primeiro e por derradeiro
Chega-te a mim, completamente
E me derramarei toda... Docemente!

Marly Bastos

terça-feira, 20 de março de 2012

NO MUNDO DA FANTASIA...


Não há limites pra fantasia
No meu mundo de poesia.
Nele eu tenho miragens,
Crio e recrio imagens.

Tudo, são portas que se abrem,
Entrada ou saída, dali ou d’além...
Na realidade ou às vezes sonhando,
Flutuo na rima, com o coração dançando.
Sou alma presenteada ao sentimento,
Amor, saudade, alegria e tormento,
Do coração, o constante alimento.

Versos que parecem fáceis, fluentes...
De amores e dores são vertentes,
Entoando aquilo que (não) se sente,
Gritando a dor às vezes inexistente...

A poesia às vezes sai espremida,
Quando a vida se sente contraída,
De medo, de amor ou de prazer,
Mas, só assim se pode viver.
Poesia é sonho irrealizado,
É amor não encontrado,
É o mundo recriado...

Marly Bastos

segunda-feira, 19 de março de 2012

(RE) POUSO!



A vontade, apenas repousa
Porque não morde
E nem assopra a carência;
É corrupção lúdica,
Do sex(t)o sentido,
Entrega mágica... Incoerência!

O fogo injetado queima
De forma (quase) real
Consumo-me
Em morte proposital...

Na plenitude da essência,
Quero mordidas,
Assopros e... Penitências!
(Intervalos)...
Muitas reticências...
Mas jamais quero ausências.

Marly Bastos

domingo, 18 de março de 2012

E A FAMA FICA PARA AS LOIRAS (Foi escrito quando eu ainda era loira...)

Um amigo meu (e olha que não é pessoa ignorante, mas teve seu momento...) resolveu aderir às lentes de contato e claro recebeu toda instrução de higienização e conservação dada pelo oftalmologista. O médico recomendou que as lentes deveriam ser fervidas ao menos uma vez por semana.

Aconselhou-o a comprar uma panela de vidro e marcar 10 minutos após a fervura (a panela de vidro era para enxergar melhor o momento de ebulição da água... Para homens isso se faz necessário). Ele comprou a panela indicada e após uma semana foi fazer a necessária higienização...

Colocou água filtrada na panela, levou ao fogo e ali mesmo tirou as lentes e jogou dentro da panela. Esperou a hora exata da ebulição da água, contou os 10 minutos de fervura recomendados, desligou o fogo, esperou esfriar a água e foi retirar as lentes... Ahuahuahuahuahuahuahu(desculpe! Passou).

Continuando: Ainda me acabo de rir quando me lembro dele contando que esterilizou a mão com álcool e vagarosamente procurou as lentes. Não as achou, apenas havia dois caroçinhos pregados no fundo da panela. “PUTZZZZZZZ ERAM MINHAS LENTES, DERRETERAM E COLORAM NO FUNDO DA PANELA”! Assim ele contava o drama, e colocava as duas mãos na cara! Ele não acreditava que tinha feito aquilo! Claro, era para ele ferver as lentes que deveriam estar dentro do recipiente (inclusive cada lente dentro do compartimento correto conforme o grau ajustado à necessidade visual do olho) e aí sim, colocado dentro da panela...

Ahuahuahuahuahuahuahu (Desculpe, um dia passa a crise de riso toda vez que me lembro do caso). E Depois, a fama (nem vou dizer qual, pois todos já sabem) fica para as loiras!

Marly Bastos

sexta-feira, 16 de março de 2012

O BICHO HOMEM


Sabe o que eu vi?

Um homem com muita fome!
Não parecia gente, parecia bicho,
Com os sonhos gerados no lixo.

Um homem com muita fome,
É apenas um bicho homem.
Que as faltas, os brios consomem

Um homem com fome...
A carne some,
Ficam ossos e dentes
E conseguem ser ainda sorridentes.

Um homem com fome,
É apenas, fome da fome!
E o que é o bicho que o consome?
Bicho capitalista, o mais infame.

Marly Bastos



O BICHO
Manoel Bandeira


Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

terça-feira, 13 de março de 2012

EM PALAVRAS GRAFADAS


Em palavras que apenas grafo, 
falo o que silenciosamente minha alma dita.
São palavras que às vezes se desmancham em sonhos
ou que caminham lado a lado com a realidade.
Encontro-me sorrateira nas entrelinhas do meu silencio.
Na palavra articulada escondo meus segredos,
verto minhas insanidades e grito minhas dores.
E nos contornos das letras derramo meu amor, acaricio minha paixão
e belisco sem dó, a saudade que às vezes é cruel.
Não tenho pena das letras, nem me detenho em pequenas metáforas...
Gosto de coisas grandiosas,
que lendo cause choro, que sentindo verta o riso.
Maltrato a rima,
pois nem sempre ela tem encaixe perfeito na textura da minha poesia.
E o poema fica livre, leve e solto... Alguns o dizem preguiçoso, mas não é!
Ele apenas quer liberdade, na libertinagem vadia do linguajar,
na fluência tosca de vocábulos 
e na expressão dos românticos contraventores.
Marly Bastos

sábado, 10 de março de 2012

NÓ NA GARGANTA

Com um nó na garganta, abro com sofreguidão minha caixa de correios... Só poeira, extratos bancários, conta de luz e água. Abri afoita minha caixa de e-mails, só lixo, propagandas, e propagandas... Como assim??!! Ah! Vai ver que deixou mensagem no celular. Vasculho a caixa de entrada e nada, somente algumas mensagens de natal e ano novo... Vixe, faz tempo ... Pode ter ligado e não ouvi... Nenhuma chamada perdida... A minha ânsia geme por desejos de notícias! Cala um tom sombrio sobre a minha alma, um aperto que não me deixa gritar, nem chorar, nem sair do lugar. Há em mim um embevecimento pela desesperança. Paira no meu conformismo um turbilhão de coisas que não consigo classificar.

Incomodada,  fico olhando para o teto do cômodo que me limita, mas é o único que no momento me aconchega com braços brancos e frios. Revolvo as gavetas do tempo e descubro os mesmos pensamentos, as mesmas lembranças, as mesmas vontades, os mesmos desejos e você. E a mesma desatenção que sempre teve para comigo.

Você é sempre a minha última página de poesia, meu último raio de sol e meu alvorecer. Sempre você e nunca eu... Por que meu Deus, tenho que ser assim?

A noite vai longe, e da varanda vejo varar o dia, com o sereno nos meus olhos úmidos, e a penumbra ainda na minha alma. A brisa da quase manhã, acaricia com dedos frios meu rosto, mas eles não bastam à minha carência. Sou nesse instante pássaro que fugiu do bando e nem sequer sabe para onde o vento leva. Não tenho medo da gaiola externa, pois já estou presa aqui dentro, cantando um pedacinho de (in)felicidade, querendo um pouquinho de você.

Sinto-me abandonada pelo tempo, que deixou-me sem saber em que hora me perdi... Também já não preciso mais dele, pois tenho comigo meus eufemismos, hipérboles, metáforas, antonomásias e de sobra a eutanásia. Estou aqui exposta, nada disposta, franca e desarmada.

Eis a luz! Penso em Dostoievski... Num momento que lhe era contrário, no inverno rigoroso da Sibéria, a 40 graus negativos, preso numa cabana de madeira e na companhia de piolhos (e outros insetos), escreveu: “Não me sinto abatido, não perdi a coragem. Seja onde for, a vida é sempre vida, a vida está dentro de nós. Não desesperar, nem desistir, seja em que circunstâncias for, por mais dolorosas e miseráveis- eis a razão da vida.”

Que vergonha! E eu aqui me esvaindo em dor porque não mandas notícias... Vejo que o dia clareou totalmente e os raios solares anunciam que viver é preciso. Desfaço o nó da garganta na labuta da vida, pois é nela que vou esquecendo as dores de certas feridas. É no girar do tempo as cicatrizes vão desaparecendo e as imagens tão fixadas em minhas retinas, vão ficando baças...

Marly Bastos

quinta-feira, 8 de março de 2012

...

Amigos desculpem não poder retribuir a visitas e comentários de vocês, pois ganhei de presente do meu ortopedista um colar cervical e a recomendação de repouso. Tentei digitar e ficar por aqui aproveitando que estou de licença médica, mas a dor venceu.
Beijokas doces e volto revigorada podem apostar! Foi a maldita ioga que comecei a uns 15 dias e um tal arco que "tentei" fazer... Acho que ando meio "durinha" e forcei demais, mas nada que um repousinho não resolva.
Obrigada a todos que me parabenizaram, não especificamente pelo meu dia, mas por eu ser mulher. E parabéns a todo ser mulher, criação linda e perfeita de Deus!
Marly Bastos

SOU MULHER, TIPO ASSIM... Todo dia é dia da mulher, mas em especial temos o 8 de março, então parabéns para nós, seres únicos, e com mil e uma facetas!

             

Eu ás vezes sou tudo enfim
E outras vezes sou nada em mim.
Tenho dias de bela sereia
Ou infindáveis dias de feia.

Mudo tudo em pouco tempo,
Como chuva fraca em pé de vento
Rabugenta, antipática e irritante...
De repente, amável e sorridente!
Ás vezes sou riso promessa,
E outras pranto que não cessa.

Mistura tudo em mim!
Já não sei quem sou enfim:
Sou menina, na alma,
Sou moleca sem calma.

Sou madura, sou dengosa,
Tagarela e muito prosa.
Sou forte e tão frágil,
Em momentos difíceis, sou ágil...
Sou um enigma transparente
Sou assim transcendente!

Lírica, empírica e errante.
Sou lúcida e sou delirante!
Sou de fácil compreender... Se quiser
Basta saber que sou apenas ser MULHER!

                        Marly Bastos

segunda-feira, 5 de março de 2012

SOU CORAÇÃO QUE PULSA


SOU MULHER SOU SENTIMENTO...
Bebo a poesia da ansiedade
Quando rosna ambicioso o verso da saudade,
Inquieto... Sublime... Teimoso
Que no meu espaço guardei,
E só a ti entreguei...
Ofereci-te todos os meus sonhos,
Tracei a trajetória para meus sons risos...
Dei-te o mapa do meu coração
E aí, sem motivos e sem razão,
Passou a beijar-me com desalento...
Fiz doer menos o sofrimento:
Virei o rosto. Assim não viu a lágrima sentida.
A vontade de te amar,deixou a alma ferida..
Cruzei as mãos para não te apertar num abraço,
Sorria com meiguice... Sem embaraço...
Não demonstrei minha amargura inclemente,
E disse-te vá, mesmo sofrendo desesperadamente:
E meu coração dizendo: Fica mesmo sem razão!
Você virou as costas... E levou junto meu coração.
SOU MULHER SOU RENÚNCIA,
Indecifrável...
inescrutável...
Que às vezes padece.
Sou coração que pulsa,e adormece!

Marly Bastos

O QUE É ARTE PARA MIM! Brincadeira repassada pela amiga Patricia Pinna


Linkar ao post a criadora do selinho e quem o repassou;
Descrever, em seu blog, o significado de Artes, para você.
Repassar para dez (10) blogs; não esqueçam de avisar um por um sobre a brincadeira.

AMIGOS, EU RECEBI ESSE SELINHO DA AMIGA PATRÍCIA PINNA
DO BLOG “REDESCOBRINDO A ALMA”
NÃO GOSTO DE SELINHOS E DAS BRINCADEIRAS, TODAVIA NÃO PUDE RECUSAR O PEDIDO DELA. DESCREVO ABAIXO O QUE É ARTE PARA MIM, TODAVIA NÃO VOU INDICAR BLOGS PARA REPASSAR A BRINCADEIRA, E DEIXO LIVRE PAR QUEM QUISER LEVAR O SELINHO E DAR A SUA CONTRIBUIÇÃO NO CONCEITO DO QUE É ARTE PARA VOCÊ.
                                     Beijokas doces

Para mim o que é arte:
A Arte é uma manifestação dos sentimentos que a humanidade vai formulando através da criatividade e que não pode ser expresso em  pensamentos lógicos e formais.
A  arte serve como forma de exteriorização de nosso inconsciente , e portanto consiste na sua capacidade de dizer o indizível e é através dela que o homem partilha experiências e emoções. Creio que o objeto se torna arte quando o sentimento do criador se deposita nela.
Para Freud, a arte é a troca do brincar infantil... Creio que nesse sentido arte é o brincar adulto, um passatempo sério, e quando algo revolve a alma serve como uma forma de denunciar e criticar atitudes sociais, políticas e religiosas. Ela nunca deve ser usada como forma de propaganda, mas de verdade, pois ela se perpetua. 
Marly Bastos

domingo, 4 de março de 2012

PALAVRAS, NADA MAIS?

 

         “Palavras não foi feita para dividir ninguém, palavra é a fonte onde o amor vai e vem” esse é um trecho de uma música do Padre Zezinho que cantávamos na 3ª série primária. E hoje estava  tentando recordar-me da letra, mas o que ficou na lembrança foi isso. Pela palavra a guerra é gerada, pela palavra a fúria é apaziguada... O fato é que a palavra é a arma mais poderosa que o ser humano tem e ele a usa muitas vezes sem nenhum critério, nenhum pudor, como se pudesse desdizer alguma coisa. Não pode! A palavra é como uma flecha lançada ao vento, ela não tem retorno e se apraz para o que foi enviada,  se benção, benção; se ódio, ódio; se amor, amor... Somos cativos das palavras proferidas e senhores das palavras silenciadas.
 
         Há uma ilustração que mostra bem como devemos tratar a palavra, há formas e formas de dizer a mesma coisa. Devemos sempre optar por usar a forma mais suave, mais amável, pois ela tem melhor efeito em nossa alma.
 
“Um rei (de um reino qualquer) sonhou que em dado momento, os seus dentes caiam rapidamente um por um, até restar somente um dos dentes da frente (incisivo central), este continuou firme e forte. Único! O rei encafifado com o sonho, mandou chamar um sábio para interpretá-lo. O sábio, após ouvir o relato do rei deu a seguinte interpretação: Óh rei, o vosso sonho quer dizer que todos da vossa família vão morrer e só restará Vossa Majestade. O rei ficou furioso por ouvi-lo dizer que todos da sua família iriam morrer e mandou o sábio para a masmorra, para ser torturado por tal infâmia! Mandou chamar outro sábio, que após ouvir o relato do sonho disse: Óh rei, esse sonho quer dizer que de toda vossa parentela, o Senhor vosso Deus, agraciou-te com a maior longevidade de dias. O rei ficou muito feliz com aquelas palavras e encheu as mãos do sábio com ouro e o mandou seguir...
 
         Do texto acima, tiramos a lição que a mesma sentença pode ser dita de forma que cause fúria, asco, tristeza ou por outro lado, satisfação, alegria e jubilo!
        
Devemos ser sábios ao pronunciar ou grafar palavras e sentenças. Elas podem ser apaziguadas, mas jamais apagadas (na alma de quem ouvi ou lê). 
                                                 Marly Bastos

quinta-feira, 1 de março de 2012

ANSEIOS


Dentro de mim os desejos serpenteiam,
Não posso viver os sonhos que me norteiam
Resisto ao seu delicado chamamento sensual.
Mesmo que em minha vida se tornaram essencial...

Jogo na balança o peso das idéias sem sentido,
Peso tudo que não podemos viver...E (re) vivemos...
Vai uma ferida corroendo em dor incontida!
Latejando, sangrando, doendo... Mas a queremos!

Tudo parece irreal, um tanto evanescente,
Delireanos são meus pensamentos diariamente,
Uma vã filosofia me instiga a razão,
Deixando uma angústia pegajosa e sem explicação.

Os detalhes tornam-se poço de vontade sem fundo,
Nos sonhos tenho tudo, e aqui não tenho nada!
Não consigo entender esse querer profundo,
E os anseios?... Ficam apenas na alma calada.
Marly Bastos