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segunda-feira, 18 de julho de 2011

FOGO ABSTRATO


Fogo fogoso, urgente e expresso
Percorre ligeiro minha veia latente,
Como vinho sorvido em excesso
É essa poética atração da gente.

Você é a minha poesia fluente
Onde palavras, vêm como brindes solenes
Entre metáforas e palavreado quente,
Nela trocamos desejos perenes.

As palavras ligeiras como vertentes,
Nos delírios que as fizeram nascer
São gozos em rimas... Lavas correntes,
Erupção que procede do enlouquecer...

É no fogo dessa paixão “atroz”
Que do gemer, se fez meu clamar...
Entre ecos e sussurros está minha voz,
Implorando que na dor indolor, me faça queimar...

Quero beber da tua fonte lentamente,
Para apagar o abstrato fogo que está ardendo.
Ele crepita e devora meu interior indiferente...
Sem dó nem piedade, vai essa dor corroendo.
Marly Bastos

sábado, 16 de julho de 2011

ALMA NUA

Caladas e presas na garganta,
Estão minhas palavras não ditas,
Que o coração mansamente canta
Delírios das minhas razões (in) finitas,
No peito ainda há um mormaço,
Sentimentos contraditórios do “faço ou não faço”

Há um frio na alma nua,
Medo das idéias insanas,
Que o psicótico espírito insinua,
Coisas guardadas, embotadas... Servis e soberanas!
Sentimentos, impressões, idéias que se desfiam
Não são fatos e nem fotos, apenas memórias tiranas!

Procuro lembranças, desesperadamente
Não lembradas... Paradoxalmente, não esquecidas
Pelo tempo, embaçadas na mente
E na multiplicação dos dias perdidas.

A
h! Esse amor vivido em mim!...
Foi de todos o que menos conquistei,
Nenhum foi assim: Dono absoluto entre o além e o fim!
E por medo da entrega, também não me dei.

E por tantos desencontros, m'alma entristeceu,
Sou nesse momento, alma presenteada ao sentimento
...uma saudade pegajosa, do que ainda não morreu...

Marly Bastos

quinta-feira, 14 de julho de 2011

DEVANEIOS

                                                                
Derramas ternura em meu refúgio,
No teu tato, o querer, sem subterfúgio,
Matando o tempo nos minutos indefinidos,
No delírio demente, enlouquecidos.

Aquecidos pelas respostas aos anseios
Desejos fervilham... Devaneios!
Dos sonhadores, abstrato mundo composto
Que procuram não sei o quê... Talvez o gosto?

Momentos intensos, quase na pele fundidos...
Saudades antes de ir!!! Aperta os corações divididos,
Que esquecem de se esquecerem primeiro,
Morrendo um pouquinho, vivendo por inteiro.

Marly Bastos

terça-feira, 12 de julho de 2011

NADA MUDAR...


Quisera eu mudar o destino
Para nada mudar,
Em certos momentos,
Eternamente dormitar...

A realidade traz a crueza da vida
Igual ao vento que carrega a poeira,
E sopra o chão.
Assim o tempo varre a esperança
E traz solidão...

Anos passados,
Encontros vividos e perdidos
Desejos sufocados,
De prantos regados!
Erros, acertos, fugas,
E silêncios...

Apenas retalhos
De vidas rasgadas,
Juntadas nos desejos,
Das memórias tecidas.

Marly Bastos

segunda-feira, 11 de julho de 2011

É POSSÍVEL EXISTIR VIDA ALÉM DA ERA ANALÓGICA?

         Pra quem acha impossível viver sem telefone celular ou internet, vou contar uma história bem real.
         Meu pai comprou terras em um local pra lá de atrasado e passou a morar lá pra fazer benfeitorias. Era em município de Padre Bernardo, não muito longe de Brasília-DF, mas até o início dos anos 80, não havia ponte que ligasse uma parte do município a outra que era cortada pelo Rio Maranhão. Todo contato que se fazia com a parte de lá era feito através de balsa, e por isso pouca movimentação pra lá. Quando meu pai comprou as terras já havia sido construída a ponte, mas o reflexo do abandono e incivilização ainda estavam bem fortes.
         Bem, quando fui passar uns dias lá, me convidaram para um baile. Achei que não devia ir pois, era uma mocinha comprometida, mas meu irmão disse que eu não correria perigo algum... Produzi-me e fui.  Chegamos num local que não parecia nada. Pensa num breu! Não havia energia elétrica (na minha casa, usávamos gerador), tudo a base de lamparinas queimando azeite de mamona. O chão era de terra batida e fofa, pra mim que estava de saltos era um suplicio, pois no escuro não conseguia ver os buracos.
         Quase não enxergava as pessoas, mas delas exalavam um cheiro forte, que segundo meu irmão era banha de porco pra “assentar” os cabelos. Vixe!!! Mais atrasados que a época da brilhantina. Quase ninguém tinha dentes, e os que tinham, os tinham em escassez. No ar misturava uma catinga de “pito” de rolo e cachaça. Vi adolescentes fumando, e os adultos justificavam que eram pra espantar os “borrachudos”. Passei de braços em braços à noite inteira pra dançar, um ritmo que eu nem sabia o que era. E pior que ora nos braços de um homem, ora nos braços de uma mulher, não tinha dessa não!
         De manhã estava com o pé torcido, cheio de calos, com a coluna travada, empoeirada até as pestanas, meio tonta de tanto bafo de cachaça e fumo de rolo. E com fome, pois não tinha nada pra comer e água pra beber  era o seguinte : num pote enorme, todo mundo enfiava o mesmo copo, tirava a água e bebia. Haja baba!! E pra deixar a água sempre friazinha, colocam uma perereca dentro do pote (fiquei pensando, ela presa ali dentro, devia fazer xixi e cocô na água). Passei sede a noite toda! E avisei, se alguém me chamasse de novo pra um baile desses, eu picaria em fatias finas!
         Sabonete era coisa que não existia nem no vocabulário deles. Uma das moradoras das redondezas, teve pouso na minha casa e comentou que nunca havia tomando banho com “sabão de cheiro” e nem dormido em cama tão macia. O café que faziam, era feito com caldo de cana batida e espremida... Simplesmente horrível e trabalhoso.
         Ah! O uso de uma perereca no pote era  geral, então se não quisesse beber água mijada e defecada por “cassota”(assim eles a chamavam) melhor passar sede, ou levar sua garrafinha de água por onde fosse.
                   As roupas masculinas eram confeccionadas com tecidos feitos no tear. Tear sim! Pegavam o algodão no pé, cardavam, fiavam e tramavam. Imaginem a delicadeza das calcinhas e ceroulas... Interessante que pra cada tipo de confecção a trama tinha a sua espessura exata: Lençol, toalhas, coberta, camisas, calças, peças íntimas...
         O arroz era descascado no pilão, tal qual o milho para a canjica. Farinhas eram feitas em todos os lugares (isso eu sei fazer e adorava) e o polvilho, acredite ou não, ele não é criado no saquinho já prontinho! É um trabalhão que nem imagina.
         Água encanada ou mesmo cisternas nem pensar! Buscavam água nos córregos e rios em uma lata equilibrada na cabeça, e de lá direto pro pote (a perereca já devia estar lá dentro... Mas o que será que ela comia?? Acho que morria de fome, já que ninguém vive só de água. Água com defunto de perereca! Aff... Esse costume me traumatizou...). Privada?? Pra quê? Tem tantas moitas de bananeiras por aí, vai atrás de uma. E você ia, e acabava pisando nos dejetos de um mais adiantado. Papel higiênico?? Que isso? Ah, sei use sabugo, dois são suficientes...(risos, com sua licença).
         Bem, meu texto está ficando muito extenso e temo cansar-te, por isso o encerro por aqui, mas ainda tenho que contar a história do velho Franco que foi comido por uma onça, e a do menino Xonda que era pra lá de estranho. O fato meus caros leitores e leitoras, é que existe vida além da era digital e porque não dizer analógica...
 Marly Bastos
        
         

domingo, 10 de julho de 2011

FLAMEJANTE



Tantos quereres urgentes e desesperados
Chama flamejante que ultrapassa o proibido
Eu me retorço em desejos despudorados
Nada mais importa: eu e tu = puro libido.

Jogo-me em teus braços pronta,
Ponho-me a lamber teu corpo que adoro
Esfomeada, desejosa, torturada e tonta
Arranco teus gemidos de animal em cio, sonoro.

Nas narinas o cheiro másculo que de te brota
Que teus poros em crônica vontade vem exalar,
Todo desejo ardente que não dorme e nem esgota
Êxtase, loucuras e arrepios... Vamos a fome saciar.

Lanço-me a ti, pronta, arrogante e sedutora
E tu me recebes com prazer assim,
Terna e cruel... Mix que em mim aflora.
Dois em um, somos nós enfim!

                                                                         Marly Bastos



sexta-feira, 8 de julho de 2011

COISAS PRA VIVER!


Onde ficou minha juventude?
Por onde se embaçou meu viço?
Tantas coisas pra viver,
Presas na gaveta do tempo,
Emperrada pelo cotidiano.
E assim...
A vida vai passando,
O tempo correndo,
Os sonhos crescendo...
A alegria que vem e vai.
A tristeza camuflada...
Que vincos são esses no meu rosto?
Caminhos de aprendizagem?
Sinônimos de longo viver?
Ou seria o reflexo
Do amarrotar da alma?
Ou do morrer da juventude?...
Então, dou vivas ao amadurecer!
Na face,
Semblante perfeito onde o sorriso nasce,
No riso,
De deliciosos  momentos sem siso.
No amor,
Mesmo que cresça na dor.
Nos vincos e laços,
Que juntam num todo, meus pedaços...

Marly Bastos

quinta-feira, 7 de julho de 2011

VERSOS CALADOS E GRITADOS


Não fique triste, eu te dou colo e calma...
Essa sua presença ausente enceta e jorra na alma,
Uma saudade abalizada, infrene e abstrata,
Sentimento invasor e sutil que o dilapidado coração maltrata.
Cativou-me, mesmo sabendo-te prisioneiro em outro enlaço
E o tenho escondido no âmago ... Ocupa tanto espaço...
Tenho imensidão de sentimentos: Paraíso e mar revoltoso em mim
Volte os seus olhos para quem quer ser teu refúgio enfim!
Deixa-te contagiar pela minha razão que soluça,
Por esse meu querer que  sobre o ilusório debruça!
Deixe-me ser tua canção de ninar,
Quem sabe teu doce despertar?
Quero ser assim suave e perto...
Não como me sinto: uma estrela no infinito deserto.
Minhas juras de amor se perdem em meus ecos profundos,
Calados, vazios, prisioneiros de um silêncio infecundo,
Que fortalece em mim uma convicção:
Há em ti um amor(por mim?) contido e bem guardado no coração...
Íntimo e arredio, assim te tornas...
Em contraste te fazes composto?
Sei apenas, que trazes o vigor das coisas raras,
E da fruta saborosa tem gosto...
Marly Bastos

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A VERDADE CABE EM TODO LUGAR?


Maria D’Guia era a caçula de 14 irmãos de uma família nordestina, que veio pra Brasília tentar uma vida mais fácil. Mas, tinham uma vida bem difícil. Às vezes faltava o que comer e a pobre menina, que nessa época tinha 09 anos, ia pra escola com o bucho vazio, e por vezes o ouvíamos roncando, reclamando comida. Nessa hora juntávamos moedas daqui e dali por toda a turma da escola pra comprar o lanche pra ela.
A menina tinha uma imaginação muito fértil e contava casos mirabolantes, de discos voadores, fantasma que sujava o uniforme dela(sempre estava sujo), duendes que apagavam os deveres e por aí. E por causa dessa “imaginação” mais do que fértil ela apanhava todo dia. A mãe, era chamada sempre para comparecer à escola porque ela não fazia os deveres, ou se fazia, os duendes apagavam. A mãe, nordestina arretada, dizia: “ Professora, pois te dou direito de espancar essa mentirosa, castigue essa bichinha, que ela não é fácil. D’Guia ficava com os olhos arregalados de medo... Mas, mentir era algo que já fazia parte do cotidiano dela.
Um dia chegou na escola parecendo uma berinjela de tanto que apanhou por mentir, e nesse dia tomou a decisão de nunca mais falar uma mentira na vida.
O pai trabalhava em construção como pedreiro, e não ganhava o suficiente pra alimentar tantas bocas. Todavia, podia faltar tudo, menos a garrafa de cachaça que nos fins de semana era motivo de confraternização entre os amigos de pinga. E para tira gosto nada como pés de galinha bem cozido até formar um caldo grosso. Era uma festança só!
Num desses dias de festança, faltou o dinheiro pro tira gosto corriqueiro e ficaram imaginando o que fazer para acompanhar a pinga. De repente, a resposta veio do céu: Os pombos do vizinho! Fizeram pombos à passarinho, e a festa rolou o dia todo.
O vizinho esperou que os pombos voltassem pra casa na boquinha da noite, como era costume. Como não apareceram,  ele saiu procurando suas aves  de estimação de porta em porta, até que chegou à casa do pai da D’Guia e perguntou:
- Por acaso os senhor viu meus pombos? Só voltaram quatro e seis não retornou para o pombal.
- Não vi não. Hoje não vi nenhum, achei até que estavam presos. Mas, procure que vai achar...
D”águia ouviu todo o diálogo. E quando o vizinho agradeceu e estava no portão, ela saiu pela lateral da casa e chamou:
- O senhor ta procurando seus pombinhos né?
- Sim estou. Mas, ninguém sabe deles.
- Eu sei... Olha aqui os pezinhos dos seus pombinhos - ela tinha colocado todos os pés num saco e abria pra ele ver – Eles comeram seus pombinhos com pinga. Esconderam as penas e os pés dentro de um saco pra jogar bem longe amanhã, mas eu trouxe os pezinhos pra você acreditar que eles morreram...
Nesse dia quase que D’Guia ficou órfã. O vizinho enfiou um revólver na boca do pai dela e disse que ia fazê-lo engolir a arma, tal qual engoliu seus pombos. Depois de muito deixa disso, pare com isso, pense bem, o vizinho relevou e foi embora. E nesse dia a pobre menina apanhou como nunca tinha apanhado na vida.
Pobre menina pobre! Lamuriosa repetia sem parar: “ Eu não entendo o que querem comigo, pois se minto, apanho, e se digo a verdade, apanho também! Assim fico confusa... Acho que o problema é que disse a verdade numa hora errada...  E ainda dizem que a verdade cabe em todo lugar!  Tsi...Tsi...Tsi... 

terça-feira, 5 de julho de 2011

HOMENS, SERES TÃO SIMPLES!



            A natureza humana tem mudado.  Tem mudado a cabeça das pessoas, a cultura, a educação, a saúde, e o conceito de bem estar. Entre essas mudanças, podemos falar da mudança do macho humano. Daqui a um tempo, vai ser tantos não sei o que "sexual", de forma que não iremos conseguir saber separar os “daqui com os dali”. Os heterossexuais já estão tão meio a meio que já querem fazer parada hetero; homossexuais, são tantos livres, leves e soltos, como os que ainda estão espremidos em alguma gaveta (ou é armário?); ainda tem os metrossexuais, algo meio efeminado... Desculpem-me os metros, mas sobrancelhas feitinhas, depilação à laser para exterminar a barba, depilação do peitoral com cera quente, fazer contorno (aff) é coisa que poucas mulheres apreciam. Mas deve  ter homens que gostem...Sera? Só para ilustração: Tenho um colega que é gay assumido e declarado, todavia ele me disse que nem gay  gosta dessas boiolices, e que se realmente gostasse de frescuras e delicadezas, ia ser apaixonado por mulheres... Ele é gay exatamente porque gosta de homens, e esses tem que ser macho, forte e másculo! Meu colega tem o mesmo gosto que eu... E também o gosto da quase totalidade das mulheres do planeta.

         Homem por natureza tem espírito de pássaro (e não confunda com ave tá? Alguns são galinhas mesmo, mas vamos continuar com a prosa em alto nível). E precisa mesmo ser livre, nada de engaiolá-lo, senão ele pára de te cantar, de voar em seus braços amorosos e de fazer pouso em seu ninho. Homens têm no DNA a liberdade, o voo por lugares diversos, mas sempre retornam ao ninho se forem bem cuidados. Devemos entender que homens não podem ser presos em correntes, em armadilhas e em arapucas da vida. Homem não pode ser apossado ou mesmo, se tornar propriedade de alguém. O elo que o liga a uma mulher é a conquista, através de carinho, amor, atenção e dedicação e tesão.

         Homem vive e sobrevive de coisas simples: amor, desejo, comida, bebida e controle remoto da televisão (incrível como eles se sentem poderosos com um na mão. Tentar fazê-los entender que não precisa ficar com o controle na mão para que a televisão funcione é tempo perdido, então vamos deixar os meninos né?). Eles geralmente, são seres folgados, que fazem bagunça, desorganizam tudo, odeiam shoppings (como pode isso???), são avessos a telefone, monopolizam a televisão com o bendito futebol. Quando não está passando futebol, eles mudam para o canal de pescaria, de motos, de carros velhos, e ainda tem o canal do boi pra completar ( haja leilão de vacas peitudas). 

         Homens odeiam discutir a relação, de se explicarem, de brigar (geralmente a mulher briga sozinha...), e odeia que você se ausente quando eles estão em casa. Sinceramente se gosta de homem, prepare-se para viver com um ser tão simples como um jogo de labirinto.  Adoram carinhos em abundância, e precisam disso. São movidos em grande parte por cumplicidade, companheirismo, desejo, poesia no olhar, beijos matinais, declarações de amor, mimos (do tipo cama, mesa e banho), e controle remoto (esse é item necessário para o deleite do homem). Dê-lhe carinho logo de manhã e terás um homem realizado e feliz o dia inteiro (sabe aquele sorriso bobo que paira nos lábios sem quê e nem pra quê??? Pois é...)

         Cuide do seu homem como se fosse um jardim florido. Precisa ser regado, podado, arrancadas as pragas daninhas, adubado, e depois admirado. Cuide bem do seu jardim! Homem quando não é bem cuidado, fica vulnerável, com sentimentos meio balançados e isso faz deles presa fácil nesse mundo de cão. Basta achar alguém que os trate melhor, e lá estão eles interessados... E você, dança bonitinho! Então um conselho: Se quiser ter um companheiro fiel e dedicado à você, aprenda a tratá-lo bem! Saiba que tem sempre alguma sedenta pronta pra dar carinho e conforto que você displicentemente esqueceu de dar, e aí minha cara, pode ser muito tarde... É a vida, ela é dura pra quem é mole sabia?

         Nunca cometa o erro de fazer a guerra dos sexos com o homem. Isso cansa, inferniza, vulgariza e te fará perdedora, rapidinho. Se ganhar a guerra, perderá o companheiro. Homem tem brilho próprio,  precisa ser valorizado, admirado, ajudado (quando pedir) e assim quando ele estiver no auge, com certeza vai querer que esteja ao lado dele. Não caia nessa de querer estar por cima, e nem queira que ele esteja atrás de você, pois homem quando se sente humilhado fica cruel, e isso vai facilitar o chute na bunda que ele te dará.

         Homem dá trabalho sim, mas vale à pena! Ter ao seu lado um homem apaixonado, feliz, desejoso, gentil e fiel, sinceramente não tem preço.  Agora, você quer um homem bom? Então lá vai a dica (e de graça): Homem não é ser manipulável, mas quando se sentem valorizados, se tornam generosos e se moldam aos seus carinhos em forma de coração, de colo e de aconchego.
 Marly Bastos

segunda-feira, 4 de julho de 2011

FELICIDADE





"És precária e veloz, felicidade. Custas a vir, e, quando vens, não te demoras. Foste tu que ensinaste aos homens que havia tempo, e, para te medir, se inventaram as horas." (Cecília Meireles)



Felicidade é anseio mais profundo da humanidade. Todavia para conquistá-la é necessário o  aprendizado diário de viver,  sabendo aceitar e expressar os desejos e sentimentos, assim, construindo os próprios projetos de vida e empenhando-se para realizá-los.

Acredito que a felicidade plena e absoluta não existe.
O que na verdade existe é a  busca por momentos e sensação de felicidade. E é necessário descobrir suas necessidades, metas e limites, para se diferenciar do outro,  e saiba que cabe a você criar seu manual de do que é e te faz feliz.

A felicidade representa algo diferente para cada pessoa, e portanto, ela é relativa, podendo consistir em adquirir bens matérias, um trabalho bom, talento reconhecido, família, saúde, etc.  Outras pessoas encontram felicidade dentro delas mesmas, através do autoconhecimento e de conhecer a Deus.

Os ideais e sonhos devem ir além da sua concretização, pois se rebaixarmos nossos ideais  num “ponto final”, perdemos o sentido da vida, a motivação e a paixão. Então, saiba que manter a chama dos ideais acesa é estar aberto para encontrar a felicidade, através de novas conquistas e desafios, com certeza é isso que nos mantêm vivos.

Para mim, felicidade é ter certeza de que a minha vida não está passando em vão, e de que cada momento vivido vale a pena.

Marly Bastos
PS: Você notou que eu fui muito fofa, e escrevi um texto sem "bobeira" alguma? Até eu me estranhei...

sábado, 2 de julho de 2011

PRETENCIOSAMENTE EU



Já notaram que eu não sou uma Marly qualquer né? Meu nome é com y pra começar. Chique né? Mas não é só isso, depois vem Benedita(arcaico eu sei, e quando criança e adolescente, odiava o professor pra sempre, quando dizia meu nome composto, na hora da chamada). Mas pense bem, quem no mundo inteiro iria fazer uma combinação horrorosa dessa no nome de uma filha? Só meus pais mesmo... Por uma época pensei que fosse até adotada, pois achava que pais de verdade não colocariam tal nome numa filha, sangue do sangue deles. Sou filha deles sim, meu sangue é B+ igualzinho do meu pai e dos meus 5 irmãos. Pode parecer impossível, mas eles acharam esse nome bonito e cheio de significados...
Sinto muito xarás, mas MARLY não significa nada, ou quase nada. É apenas uma variante de Maria, Marie, Mary, Merlyn, Marley... Marly!(na verdade, deveria ser pronunciado como uma palavra paroxítona). Agora vem a melhor parte: BENEDITA[permitam-me  : Aff], mas tem um lindo significado: “bene”àbem; “dita”àfalada=ou seja, “aquela que é bem falada”.  Tudo bem, podia até ser apenas Marly, ou mesmo Benedita, mas essa composição é... Melhor “xapralá.”
Eu sei que o nome não me deixa mais feia. Que história é essa de “mais feia”? Melhor dizer que ele não me deixa menos bela (haja modéstia!), e eu até já me acostumei com ele, afinal já  o carrego a bem mais de 40 anos. Quarenta??? Quarenta não, eu disse “bem mais de quarenta ... Sei que não parece, mas são os cremes antirrugas que uso, e uns tempos desses fiz um peelling a laser, rejuvenesci uns 15 anos (vai sonhando, Marcelina...)
Sou muito teimosa, e isso é um defeito horrível quando se trata de reconhecer os erros. Tem vezes que fico vermelha de vergonha, pois sei que estou errada e bato pé firme nas minhas idéias e convicções. Coloco culpa no meu signo astral, pois carneiro é bicho cabeçudo, cabeça dura... Mas, dizem também que pessoas sob o signo de Áries é criativa, amorosa, boa amante, líder... E algumas coisinhas ruins que melhor nem citar. Tudo culpa desse cabeçudo!
Aos meus filhos eu tenho o amor incondicional. Como toda mãe coruja os acho os mais lindos do mundo. Você sabe a história da coruja? Não? Então vou contar, pois hoje estou toda prosa, e nada verso. Bem...
A Dona Coruja precisava procurar alimento para seu filhote e teria que se ausentar do ninho. Ela temia isso, pois havia um gavião que não tinha piedade, dava fome e ele traçava os filhotes indefesos. Mas  Dona Coruja era amicíssima do Seu Gavião e foi até ele pedir que não comesse sua cria. Seu Gavião prometeu de pé junto que não tocaria no filho dela, mas que precisava saber qual deles era o seu filho e ela disse: ” Meu filhote, Seu Gavião é a coisinha mais linda que o senhor jamais viu, mimoso, lindinho, um encanto igual não conheço. Então, assim que o senhor o vir, vai saber que é o meu.” Trato feito, o Seu Gavião não tocaria no bebe da coruja e ela foi embora tranqüila. Bateu a fome no gavião e ele saiu a procura da caça e achou. Era uma coisa esquisita, parecia um bicho, parecia um pássaro... Olhos esbugalhados, depenado e disforme! Pensou: “ Com certeza essa coisa horrenda não é o filho da Dona Coruja.” E comeu tranqüilo “a coisa”. A tardinha veio Dona Coruja chorando e dizendo que havia confiado nele para não tocar no seu filhote e ele o havia comido. O senhor Gavião então disse:  “Dona Coruja, a senhora disse que era o mais lindo da floresta e eu comi o mais feio que já vi por aqui. Sinto muito se não falou direito como seu filho era...” Assim, sou eu, assim somos nós todas mães corujas. Mas sinceramente, os meus filhos são os mais lindos do mundo! Rsrsrsrs
Enfim, eu sou Marly Benedita,  filha legítima dos meus pais (apesar do nome que me deram), sou mãe, mulher, filha, irmã e amiga e como notaram, extremamente modesta. Formada em Letras, pós graduada em Direito Educacional e quase mestra em psicanálise. Sou feminina e um pouco feminista(quase sempre a mulher tem razão). Sou boa professora, embora os alunos sempre me acharam meio “sargentão”; sem nenhuma pretensão sou poetisa, e cronista pra aliviar a alma. Prosa? Gosto de todo jeito, mas a melhor é  aquela leve,  que a gente a tece em rodas de amigos, tomando um cafezinho fresco. Como é bom jogar palavreados ao vento! São como bolhas de sabão assopradas por crianças, e que vão colorindo o ar em contato com os raios solares.
Sou indignada com as injustiças sociais, com a política podre e com gente sem senso de humor. Sou também viciada em Rivotril, em café e chocolate amargo. Minha fruta predileta é a melancia, talvez por ser grande, e dar pra dividir com todos, ou talvez por ser docinha e vermelha como é um cadinho de paixão.  Eu sou assim, calma como um lago ao luar e com pensamentos que “quicam” como a bola no pé de um craque em “embaixadinhas”.  Por isso, digo que sou meio on-off. Penso tudo e não penso nada e outras vezes, do nada eu penso tudo.
PS : Texto biográfico... Alguém me disse que para estarmos com o ciclo completo deveríamos escrever nossa biografia. Assim, deixo a minha como legado à humanidade blogosferial. Se bem que longe de mim encerrar meu ciclo agora, ainda quero virar o velocímetro.

Eu por mim mesma, Marly Bastos


A FOME NO HOMEM.



Sabe o que eu vi?

Um homem com muita fome!
Não parecia gente, parecia bicho,
Com os sonhos gerados no lixo.

Um homem com muita fome,
É apenas um bicho homem.
Que as faltas, os brios consomem

Um homem com fome...
A carne some,
Ficam ossos e dentes
Como conseguem ser ainda sorridentes?

Um homem com fome,
É apenas fome da fome!
E o que é o bicho que o consome?
Bicho capitalista, o mais infame.

Marly Bastos

sexta-feira, 1 de julho de 2011

QUANDO ESTOU NO TEU COLO...



Deitado no teu colo,
Visualizei uma lua linda
Com duas estrelas brilhantes a enfeitá-la.
Desci meu olhar e vi... Mais duas luas?
Que infinito é esse meu Deus!!?
Queria ser um buraco negro pra engolir todo esse universo.
Enchi-me de poder, e puxei o teu céu para dentro da minha boca...
Coloquei as estrelas pra dormir,
E a lua que eu vi primeiro, ficou iluminada e quente como o sol.
Que maravilhosa descoberta:
O céu é doce como um beijo...
E as outras duas luas(?)tão macias como nuvens.

Marly Bastos
[For me]
Ps: Por mim mesma, isso que é amor próprio...