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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

FALTA E SAUDADE SE MISTURAM...


Dilata-se meu coração e comprime-me a alma... Já não conto as horas que passo tentando absorver essa repentina partida.
A falta que ele me faz, dói absurdamente e de forma tão indefinível que não consigo expressar  em palavras, mas em lágrimas e gemidos.
Não, não estou inconformada [pois a vida e morte não nos pertencem] e nem desesperada [pois sei que Deus reservou o melhor para o meu querido], mas a ausência dói... A falta de pequenas coisas e tão cotidianas ferem a alma, e foram nelas que aprendi a amar esse homem de voz macia, de alma boa, de gentileza extrema,  de cuidados [exagerados], de integridade acima da média, maravilhoso marido, bom pai, bom filho [e bom genro]...
O tempo não conseguirá apagar da lembrança esse homem, mas eu sei que Deus em sua infinita doçura irá aplacar a dor e falta que hoje é tão forte que parece dor física.
Sorvo sim toda dor,  derramo todas lágrimas pois fiquei carente das palavras meigas dele, do acolher manso que ele proporcionava, dos cuidados com coisas mínimas. Sei que terei que continuar minha lida, que a vida continua, todavia, o luto dentro de mim é mais forte que todos esses raciocínios tão lógicos!
Um dia as lágrimas secarão, trilharei outros caminhos, buscarei novidades,  e me alimentarei das lembranças tão boas dos 34 anos de convivência. Sentirei saudade tão forte em momentos, que chorarei [ainda que passem anos] e em outros tão suaves [que rirei sozinha...] Afinal o amor é assim, ele é forte e brando... Aliás, saudades não é o amor que fica??


OBS: Agradeço cada carinho que vocês me enviaram, um dia retribuirei cada um, no momento choro por cada comentário, cada telefonema que recebo, cada e-mail... Mesmo aquelas pessoas que não me conheciam deixaram suas palavras que muito me confortaram. Deus abençoe a todos.


quinta-feira, 19 de setembro de 2013


Deus nessa madrugada do dia 19//2013 levou meu companheiro com  30 anos de convivência. A tristeza é tão dolorosa que não há palavras para descrever a perda e nem poesia que possa abrandar o sofrimento.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

PAUSAS...


Muitas vezes necessitamos de ausências, para queremos ser presença...
Então é necessário uma pausa no tempo, um sossego nos sonhos e aquietar a alma.
Pausas desabrocham coisas que estão atravancando a vida,
impedindo-nos de estarmos em paz com nós mesmos.
Afinal a vida precisa ser mais que vivida,
ela precisa ser alimentada de quereres e desejos.
Então vou ali pausar as agruras do coração.

Pause/off
Beijokas doces!

Marly Bastos

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

REORGANIZANDO POSIÇÕES.


Alguém te faz sentir uma pessoa especial, mas esse cultivo com o tempo vai minguando até que se esvai e ai vem o sentimento de que nada é a não ser “o coco da mosca que pousou no coco do cavalo do bandido”! Aí, você tem que agir como se não se importasse, como se nada fosse o que vai na alma...

Você acaba percebendo que nesse momento tem que parar de tentar ser feliz e apenas ser feliz. Para isso é necessário reorganizar as posições que as pessoas ocupam em sua vida, já que é impossível tirá-las do que já existiu. Precisamos dar um passo à frente e começar uma nova história. O que ocorre é que não queremos liberar o passado e temos medo de abandonar o apego das coisas vividas, sonhadas e planejadas. Não queremos que as estradas perdidas se tonem apenas lembranças [que doem]... 

Mesmo não sabendo amar direito, amamos... Isso porque temos um coração no cérebro e outro no peito e os dois são desatinados.  Cada um tem o seu modo de ver as coisas e com certeza na maioria das vezes, não a vemos como são, mas como desejamos que sejam e nelas projetamos nossas fantasias.  O certo é deixar as lembranças dormitarem e para isso temos que reinventar nosso caminhar rumo ao horizonte que desponta. E ele não espera infinitamente nosso catarsear...

Certas coisas mal resolvidas em nossas vidas podem destruir nosso futuro. Não devemos deixar pendências [tal como “ainda vou viver essa história”, pois ninguém vive o mesmo momento mais de uma vez]. A saudade vai deitar nos momentos nostálgicos, mas ela pode ser transformada em sonhos, em lembranças não doloridas, pois a vida segue! Afinal, "O moinho já não existe; o vento continua, todavia."[Van Gogh]

Marly Bastos

domingo, 1 de setembro de 2013

DEDILHANDO A DOR.

Aurea Seganfredo

Uma lágrima em cada acorde,
Cada acorde um gemido,
Em cada gemido, melodia,
E na melodia, sigo cantando.

Cantando eu disfarço,
A dor no olhar cansado...
Dor que me é canção,
Canção, que afoga meu pranto,
Pranto que banha minha alma,
E na alma vou dedilhando.

Dedilhar que fala o que sinto,
Suave sinfonia chorada,
Chorando rimas de amor,
Em cada corda tocada...

Toque desesperado na corda,
Uma a uma, arrebentando,
Assim flui a harmonia que acorda
Da canção que vou compondo.
Por um amor que gerou dor...
Assim nasce a canção de amor?

Marly Bastos