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domingo, 26 de fevereiro de 2012

FELICIDADE, TU ÉS TÃO FUGAZ!





Ah! felicidade, como você é momentânea! Quanta relatividade há na sua realização. Quantas controvérsias há na sua busca... Dizem que você é insaciável, que busca sempre ter mais, e quando alcança já não é suficiente.


O ser humano é um ser instável, que nunca se encontra da mesma maneira. O que me faz feliz hoje, já não faz a diferença amanhã, e assim sucessivamente… Lutamos por algo a vida toda, sonhamos, sofremos, projetamos, e quando conseguimos, temos a impressão de que não era bem aquilo que queríamos... E assim, saímos em busca da “verdadeira felicidade”.

A verdade é que quando o coração está vazio, necessita-se preenchê-lo com alguma coisa, e aí nos utilizamos dessa busca insana pela felicidade que, na minha visão, não é um destino ou local aonde se chega, mas um caminhar, um colecionar de momentos, onde ao término dessa jornada possamos contabilizar e chegarmos a conclusão e que a soma de momentos felizes trouxe-nos a fugaz felicidade.

Há gente que é feliz com simples coisas, há outras que para estarem felizes precisam de muito, de coisas grandiosas.  Portanto cada um vive, sente e usufrui da felicidade de um jeito único.

A verdade é que jamais seremos os mesmos de ontem, hoje, tampouco amanhã, no entanto, a complexidade da felicidade nos faz acreditar que ela será possível, nas mais diversas circunstâncias da vida humana.

A felicidade esta diretamente ligada a tudo o que passou. Ela é o coletivo de momentos felizes. Juntando-os se tem a felicidade propriamente dita. Ela está ligada sempre ao passado, pois não passa de todas as emoções sentidas (numa comemoração, num encontro de amor, no casamento, numa premiação, promoção profissional, no nascimento do filho, numa conversa com Deus...)

Enfim, felicidade são momentos, são flashes, são clicks mágicos dentro de nossas emoções. E isso vai se acumulando nas nossas lembranças, na nossa alma e transborda em forma de êxtase e contentamento... Felicidade é inexplicável, mas eu explico assim!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

APESAR DO NOME... ÚNICA EM CÓDIGO GENÉTICO!

        
  Na inocência dos três anos achei que pudesse escolher meu nome. Não respondia quando me chamavam por Marly, fazia ouvido moco até ouvir o nome que eu tinha eleito como meu. Escolhi um nome que me parecia bonito: Silvia! Quando perguntavam o meu nome eu dizia bem esse mesmo: SILVIA. Isso durou um bocado de tempo, e eu realmente achei que tinha vencido a guerra do nome... Desolada, descobri que perguntavam como me chamavam por brincadeira, por zombaria, pois sabiam que meu verdadeiro nome era Marly Benedita e que esse estava lavrado em cartório. E eu lá sabia o que era cartório?? Nem imaginava que existisse um horrendo papel exibindo esse nome.

Olha, de verdade, não tenho nada contra o Marly e nem contra o Benedita, mas essa junção... Esse nome composto não tem nada a ver com nada! Acho que ninguém no mundo, além de mim chama-se Marly Benedita! Aos  três anos, me senti frustrada, porque não pude ter o nome que queria. Aos cinco anos, era revoltada porque descobri que esse nome estava escrito num papel e que “esse papel era pra sempre”! Odiei minha avó por se chamar Benedita, e meus pais me darem esse bendito nome para homenageá-la. Aos sete anos descobri que o primeiro nome que era “melhorzinho” não significava nada. Era uma variante de Marlene, que é uma variante de Merilin, que é uma variante de Mary que é uma variante de Maria... E Maria não é nada! Apenas um pré-nome vazio de significado. Todos os colegas da classe tinham nomes significativos, menos eu!  Bem, se eu puxasse um pouco pelo Benedita, ia ter um lindo significado, mas fiquei roxa de medo da professora mencionar o bendito... Achei que meus pais eram adotivos. Só podia ser!

Colocar um nome desses numa filha era desumano. Comecei a observar meus irmãos, cada um de uma cor, uns pareciam com minha mãe, outros com meu pai e eu não parecia com nenhum. Era adotiva,  tinha certeza! Essa certeza durou até aos nove ou 10 anos. Descobri que era filha legítima. Herdei a mente fantasiosa do meu avô e pai.

Quer saber como descobri que herdei isso??? Bem, aos 10 anos eu ficava sonhando acordada: Estava num  tribunal, meu pai e minha mãe na frente do juiz tendo que explicar o porquê desse meu nome e eles não conseguiam fazê-lo! É claro que não poderiam jamais explicar esse nome! Como faltava explicação, então prisão perpétua. E eu pedindo clemência por eles ao senhor juiz. Sendo benevolente com quem não deve dó de mim nem um pouquinho. Descobri que era uma garota má. Ficar fantasiando a prisão dos pais era pecado. Pedi perdão pra Deus. E continuei com meu nome... Marly Benedita!

A luz no fim do túnel acendeu quando eu tinha 17 anos: Ia casar e  assim mudar meu nome. No dia do casamento descobri que não poderia tirar o Benedita, pois esse era nome próprio. Quase desisti do casamento. Casei assim mesmo.

A vida passou, acomodou.  Criei e recriei meus conceitos. Os anos dourados me ensinaram que a gente faz o nome. Marly pode ser um nome sem significação, mas eu sou a Marly, e eu significo muito para muitos. E Benedita é arcaico, velho, ultrapassado, mas é com orgulho que homenageio minha avó com ele! Uma centenária com  mente lúcida, mulher vivida e experimentada . Bem dita é ela no meio da parentela, que teve o privilégio de contemplar a sua quarta geração!

Muito prazer! Eu sou a Marly Benedita (Única em código genético, e provavelmente única no nome)

Marly Bastos

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

MOMENTO...


Sorvo
Teu conteúdo sedenta... Desejo devora.
Jogo
De vai e vem... Fica e vai... E demora...
Atrevida
Delicio-me no teu jogo bandido,
 Tomo-te
Como troféu precioso e merecido

Minhas curvas,
Atrai tua boca delirante
Desejos
Na ponta da língua, clandestina e errante
Trafegando
faminta devorando toda simetria.
No jogo do esconde-acha, derramo poesia.
Urze fantasia!

Marly Bastos

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

HOJE PARECE DIFERENTE (procurei fazer algo mais alegre, menos "down"...)




Minha poesia hoje amanheceu de saltos altos, 
vagabundeando palavras sensuais, nuas e de sedução,
Se ela escorregar, faz versos no chão.

Minhas palavras estão cheias daqueles risinhos forçados, 
cínicos e sádicos, dando tapas de luvas, beijo mordido,
E em tom dolorido!

Minha idade amanheceu meio ciclo, meio data, meio instante. 
Amanheci momentos que vão e jamais voltarão...
Amanheci rito e celebração. 
Amanheci toda coração!

Minha vida está serelepe, subindo e descendo as escadas andantes, 
que levam às nuvens e desandam nas pedras... Escombros! 
Que vão fazendo minha história,
Entre derrota e glória!

Meu paladar está doce-amargo, provocado pelo encanto e desencanto. 
no corpo cativo e solto, sou mel e no beijo descuidado, sou fel. 
E nesse momento absorto,
posso ser vendaval, posso ser porto...

Hoje amanheci metamorfose. Quero no vácuo da atmosfera 
transformar minhas rimas em asas, 
recitar as amarras poética tão desatenta ao lirismo
e na poesia nua percorrer as entrelinhas do “passionarismo”.

Hoje me fiz metáforas, antíteses, metonímias e hipérboles. 
Hoje me fiz vício, hoje me fiz licença! 
No ponto final dos versos quero apenas encontrar a alegria,
Entendendo que o amor, é coito na poesia.

Marly Bastos

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

(RE)VERSOS DA VIDA

                                                                 
         Versos, versos, versos!

         Terei todo tempo e inclinação para escrever infinitas estrofes para meu amor, todavia nenhum verso, ou todos os versos da minha inspiração poderão exprimir a profundidade de que sinto na alma, do que sofro no imo e do que pranteio na despedida de uma alegria fugidia. Amor que me fez ver estrelas em pleno dia e conseguir capturar por entre os dedos todo esplendor do amanhecer...

         Não há amor que se iguale ao seu! Todas as tuas palavras ditas aos meus ouvidos, tornaram verdades e em nenhum momento pensei que fosse doçura da língua de homem com fome de mulher. Foram palavras que fizeram meu espírito florescer junto a ribeiros de águas da felicidade. Mas os reveses da vida fizeram vir sobre os sentimentos uma sequidão de estio.

         Nosso amor foi chuva que passou... Onde bebi o ar lavado, pisei sobre o espelho azul-escuro estendido na nossa estrada e vi o céu refletido nele fragmentar. E a chama que ainda ardia no peito, conspirou até o último fiapo de luz , tentando afastar a escuridão que chegava , mas foi em vão...A noite chegou e a dor que invadiu a realidade foi tão intensa que rasgou a noite em tiras, tal qual fitas de luto.

         Entrecerro a porta do meu coração, mas aguardo o dia em que essa pequena brecha que propositalmente deixei, seja escancarada e seu rosto seja iluminado pela claridade que rompe a penumbra. Tem que ser você! Tem que ser sua respiração pesada rompendo o silêncio da minha alma! Tem que ser o seu nome, o som que gorgolejarei e engasgarei pela emoção que sufocará minha voz.

         Ainda estou apaixonada! Tanto, tanto que deixo de ouvir as palavras para somente escutar a voz; deixo de ver o obvio para somente imaginar o que poderia ser; deixo de falar o necessário, para somente sussurrar o essencial... Deixo de ter nome, de ter data, de ter forma, para coexistir no teu amor, que nem sei se existe... Não sei se minhas lembranças são fantasias! Tenho cenas perpetradas em minha mente, imagens injetadas me meus olhos... As visões são doloridas, as imagens turvas, enevoadas e que vidraram em minha alma.

         Amo os versos que me acalentam quando o choro sacode meus ombros, nas horas que se arrastam na escuridão, nos minutos que saltam trôpegos e se escoam pelos dias afora. Deitada e ruminando as horas mortas, suspirando por um brecha maior que seja aberta em meu coração, sinto que sou eu mesma, as horas que se recusam a passar.

         Esperar dói, lembrar dói, chorar dói. Só que dói mais esse doer calado e fundo. E não sei se posso esperar algo do futuro, visto que ele é mais um pouco do passado, esperando para acontecer... E eu espero você nesse meu passado que nem sei se virá.

                                                               Marly Bastos

sábado, 18 de fevereiro de 2012

E ZÉ FINI!


         Esses dias estava me lembrando de uma turma da 6ª série noturno pra quem tive o privilégio de ministrar aulas. Na verdade eram adultos com déficit de aprendizagem, quase todos tri repetentes. Conversadores, engraçados, de bem com a vida e deixando a vida rolar sem muito estresse.

         No meio de uma explicação, Géfição pergunta:

         - Professora você sabe o que tem dentro da minha maLmita?

        - Não sei o que tem dentro da sua maRmita, deve ser o resto do almoço – Respondi meio irritada por ele ter interrompido minha explicação.

         - ARmoço? Esse eu “tracei” às 11 horas. Só tem um gaLfo.

         Então eu aproveitei a interrupção para continuar minha aula:

         - Já que estamos falando sobre a etimologia das palavras, e como eu expliquei que etimologia é o estudo do verdadeiro significado de uma palavra, eu gostaria que o Géfição explicasse como surgiu o nome dele. Sempre sabemos alguma coisa sobre a origem e a escolha desse nome que possuímos. Pode falar algo sobre isso Géfição? Hoje está muito falante, então vamos aproveitar e conversar.

         Géfição levantou mais do que depressa e começou sua história:

         - Ói eu sou do interior da Bahia, onde professor só tem o diploma da 4ª série... Eu lá seria doutô que ia ensinar pros professores. Quando eu nasci me deram uma madrinha muito “chula”, pois era doidinha de tudo! Acredita que ela num usava “lungeri” e quando dava vontade abaixava e mijava no meio da rua?

         - Mulher não mija Géfição, ela faz xixi – Rebati (mas devia ter ficado calada).

         - Ah, professora minha madrinha mijava mesmo! Só mulher educada igual a senhora faz xixi(sobrou pra mim). Pra senhora ter idéia, um dia ela entrou na minha casa toda esparolada, escorregou no tapetinho de retalhos (minhas irmãs tinham acabado de encerar o chão que estava liso como quiabo) e caiu bem no meio da sala toda esparramada e a saia no pescoço. Foi um vexame. Levantou depressa e pra despistar falou assim pro meu pai: - Cumpadi cê viu minha ligeireza? E ele respondeu: - Vi... Só que eu conheço isso por outro nome.

         - Géfição! Foco homem, você levantou da cadeira foi pra falar sobre a etimologia do seu nome!

       - Ah sim... Então, minha madrinha encafifou que eu devia chamar “Jefirson”. Era pra ser “Jefferson” como todo Jefferson chama, mas ela não sabia pronunciar direito. Meu pai e minha mãe acharam o nome “top” e lá se fumo pro cartório. Eu baianinho cabiçudo, perninhas finas e perebentas, cabelo “bom-bril”, já crescidinho e apoiando o nome “Jefirson”, pois ia parar de ser chamado de Pretinho. Aí professora, o escrivão pergunta pro meu pai: - Como vai chamar o reizinho? E meu pai mais que depressa diz: - Jefisson!

         Eu perguntei nesse momento:

         - Ué e porque ficou Géfição?

       -Então... O escrivão aprendeu a ler e a escrever com o professor formado na 4ª série como já disse antes, daí dá pra notar o “naipe” do sujeito. O meu pai não sabia pronunciar o nome que aquela maldita madrinha me deu(e ainda deu errado)  e o escrivão não sabia escrever o nome nem certo e nem errado e meteu no registro de nascimento Géfição Conseissão da Silva. A etimologia do meu nome é uma puta baianada professora e Zé finí!

      E eu afirmo, tive o privilégio de dar aulas de Língua Portuguesa para uma turma dessas. E tanto compartilhávamos que eles concluíram o ensino fundamental sem mais nenhuma repetência. Eles, adultos trabalhadores,  precisavam era de incentivo, de um jeito novo de explicação e interação. Os psicopedagogos afirmam que aprendemos mais quando o lúdico se alia ao conteúdo. E eu concordo!

       Acompanhei essa turma até o termino do ensino fundamental e o baiano Géfição participou dessa formatura parecendo realmente doutor.

                                                                Marly Bastos

         PS: A expressão “Zé fini” é uma corruptela sonora que transformou o [s] inicial em [z] da expressão original da língua francesa "C'est fini" que pronuncia-se [sέ finí] e significa "acabou" ou “é o fim”.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

THE END (quando é do lado de lá...)


            Ele de uma hora para outro se tornou a coisa mais importante para mim, fixou em meus pensamentos e fez morada em eu coração... Enfim era a azeitona da minha empadinha, a cereja do meu Martini. E me levava numa boa, dizendo que eu era isso e aquilo e um dia disse que estava ocupado demais e depois retornava o telefonema. Nunca retornou...

            Foi desesperador, sofrido, dolorido! Não foi fácil, aliás nunca é fácil, mas meu consolo é que quase todo mundo já passou ou vai passar por isso. Com isso não quero dizer que quero ver as pessoas sofrendo por amor, mas estou constatando que isso é normal, e o que a gente mais quer nessa hora é parar de choramingar, deixar de lembrar, de ter esperanças... Eu quero continuar empurrando a vida com a pança.

            A primeira coisa que me deu vontade de fazer foi afogar o peixinho que ele me presenteou(como é que se afoga um peixe mesmo?), rasgar a foto que tiramos juntos  naquele dia especial( na verdade rasguei e coloquei os pedacinhos debaixo do travesseiro...). Queria tanto que esse fantasma que me persegue se tornasse de fato o “falecido”(termos que as minhas amigas usam para me animar)

            Sei que lidar com a frustração e aceitar o fim é necessário, mas fico pensando “e se"???... "Talvez"... "Quem sabe"? Aceitar “um pé na bunda” é uma prova de fogo, mas não saímos mais purificados ao passarmos pelo fogo?? Eu senti uma raiva gigantesca, chorei rios de lágrimas, fiquei triste, ri de despeito, e no fim aceitei(sem aceitar) que foi o “the end”. Refleti muito em todas as perdas e ganhos e descobri que saí ganhando, pois ele jamais será amado como eu amei(olha o despeito aí), mas eu poderei ser mil vezes mais amada do que ele amou(isso é verdade).

            Deixei muitas vezes fluir meu lado irascível, cobrei, mostrei meus ciúmes, assim como ele também que não é nenhum santo. Tivemos ótimos momentos, e alguns poucos tensos, de discórdias e brigas... Mas tenho consciência que não foram nossas atitudes que desandou tudo, o que na verdade acabou foram os momentos, bons ou ruins. Acabou o que era bom de um dos lados, e isso não é culpa de ninguém, apenas dói, dói e dói. Ah!... Dói!

            Desvencilhei-me de outro quase relacionamento que apareceu, embora as palpiteiras dizem que “nada melhor que uma nova paixão para substituir uma antiga”. Não penso assim, pois acho que o último relacionamento ainda precisa ser processado, refletido, internalizado e assim evitar cometer um erro na ânsia de acertar, de mudar de rumo. Afinal eu não quero um “terapeuta”(e nem é justo), no momento quero apenas esquecer, ter meu autorreconhecimento, e descobrir-me sã e salva do fundo do poço da amargura.

            E para esquecer eu preciso me afastar, jogar fora os pedacinhos rasgados da foto, fazer coisas contrárias das quais fazíamos, andar por caminhos inversos e esquecer que tenho cotovelos... Assim ele não dói. No momento não quero ser amiga dele, nem sei se um dia vou querer! Amizade com um ex-amor é uma “faca de dois gumes” e eu não sei manusear esse tipo de utensílio.

            Não sou masoquista e para fugir das lembranças e adquirir autoproteção, eu desfiz de tudo que evocava situações e momentos. Doei quadros, livros, CDs, DVs, lençóis e até aquela lingerie que ele “babava” quando  a via recheada por mim(pensa como doeu!). Não rumino lembranças, não mastigo mágoas, não vomito ilusões e muito menos vou ficar lambendo as feridas que esse amor deixou. Deixo que o tempo as cure, e assim será.

              Olha, não é que eu queira “cuspir no prato que comi”, mas analisando tudo, ele nem era esse “bam bam bam”, embora eu gostava dele com todos os defeitos. E o medo de perdê-lo foi tanto, que eu perdi. Se ele fosse tão esperto quanto eu sempre imaginei, ele estaria comigo certo?? (rsrsrsrs você pode até dizer: Errado, mas deixe-me pensar assim ok?).
           
            Na verdade não concordei em perder, em ficar sem a presença dele, pois há um laço forte que teima em não desatar do lado de cá, mas vou forças as pontas, pois tornar essa perda mais fácil depende de mim, depende de como eu processo meu amor próprio. E não é que o poeta estava certo em dizer que “a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional”???
                                                                 Marly Bastos

PS: Desculpe o tamanho do texto, mas lavei a  alma heim???

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

"MURIÇO E MARIA SAPA"

        

Bobo no interior é um vocábulo que define um indivíduo que é desprovido das capacidades mentais, que se deixa levar facilmente por outrem, que só age por inspiração ou a mando de outrem. Enfim, e um Molenga, preguiçoso, Incapaz, Simplório, chocarreiro, histrião, idiota, jogral, palhaço, polichinelo, pomboca, tantã e truão.

“Muriço Bobo”(o nome original devia ser “Maurício”) era um desses. E como todo bobo que se preza, gostava de mulher, dinheiro e de não fazer nada(será que era bobo mesmo?). Tanto gostava de mulher que casou com a “Maria Sapa”, uma louca que andava com um pedaço de espelho, catava os próprios piolhos e os matava nos dentes tal qual os primatas. Jogava pedras em quem cruzasse seu caminho no dia em que estivesse zangada. Era um terror!

O dia do casamento teve chuva de arroz, carroça com latinhas atrás, e fogos de artifício. O lar doce lar era um rancho pau a pique, a cama matrimonial era um jirau (Espécie de grade de varas, sobre esteios fixados no chão, que serve de cama nas casas pobres), um colchão de palha que nada mais era do que um saco enorme com palha de milho seco rasgadinha dentro. O fogão era de barrela, e panelas de ferro e claro um pote em cima de uma estaca grossa. Estavam que era felicidade só, olhavam tudo e diziam “bãaaao”. E ali consumaram tudo!

“Maria Sapa” ficou grávida, o povo das redondezas comprou o enxoval, e Xamu (seria Samuel?) nasceu rosado e forte como um touro. Não tinha berço, e dormia entre os dois... Um dia, as varas saíram do lugar e Xamu foi espremido e massacrado pelos dois que tinham sono profundo... Ficaram desolados, mas no enterro já cogitavam que podiam fazer outro...

Os homens orientados pelas suas esposas, chamaram Muriço Bobo num canto e lhe apresentaram a camisinha de Vênus e disseram para ele que deveria usar sempre que fosse fazer “babagens” pra evitar ter outro filho, já que demonstraram não terem responsabilidade e nem competência para criar um filho. Ele prometeu usar.

Cinco meses depois estava Maria Sapa “buchuda” de novo. Questionado, ele disse que estava usando os “papos de anjo” que deram pra ele sim e que sempre os lavava e colocava pra secar, só que já estavam rasgados... Ninguém avisou para ele que esse material devia ser descartado após o uso...

Os dois esperavam ansiosos a chegada do novo bebê. Quando Maria Sapa deu os primeiros sinais das dores do parto, Muriço foi à cidade e comprou fiado um monte de fogos pra usar quando a criança nascesse. A dor de Maria atravessou a noite, o dia e finalmente na noite seguinte o bebê nasceu, todavia ela sucumbiu à morte. Muriço chorando e gemendo de dor, soltou todos os fogos que tinha comprado. Comprou para o momento e ia usá-los. Foi uma festa no céu, por Maria, pelos fogos!

Muriço Bobo perdeu sua cara metade, mas ganhou um rebento. À menina nascida ele deu o nome de Eva. Ela não ficou com ele, pois o povo decidiu que ele não tinha condições de criar a menina. Ela era um serzinho estranho que aos três anos jogava pedras nas pessoas que passavam em frente a casa dela, corria atrás dos meninos com um porrete...Eva repetia as mesmas coisas que a mãe fazia e sem ter a convivência com ela.

A vida é um ciclo e os rebentos nossa extensão. Boba? Nem um tiquinho! Louca?? Talvez um pouco... E quem não o é?!
                                                             Marly Bastos

domingo, 12 de fevereiro de 2012

MURMURINHOS


Meu amor, motivo eterno da minha vontade,
Que vai rolando como águas de um rio,
E a vida vai passando sem certeza...
Lavando recordações, arrastando a minha alma
Alimentando a saudade, ao sabor da correnteza.

Nosso amor [rio] temperamental
Às vezes, forte, perigoso nas grandes cheias...
Com tudo a devastar.
Ora doce, aconchegante, sereno nas horas vespertinas,
Ou sedutor e misterioso ao reflexo do luar.

No remanso desse rio vou,
Igual a seixo rolado, de pontas aparadas,
Redemoinho formado por ventania...
Cascalho polido, pisado... Jogado de lá para cá....
Estou á flor do espelho d’água... Lenta agonia!

As águas sussurram murmurinho constante,
Fujo pelas margens pra não escutar,
Tanto repete, que medra o silêncio latente
“Tantos desencontros... Desencontrar!”

A dor fere profundamente a nascente,
E dela jorra água borbulhante e cristalina
E no leito, pelos olhos ela escorre insistente,
Apesar de tudo, doce e quente...

 Marly Bastos

                                                          

sábado, 11 de fevereiro de 2012

A MULHER E O CAVALHEIRISMO.



           
      Mulher é um pluriverso! É o ser mais proeminente da Natureza, isso é fato! Ela é formada por força e fragilidade. Ela é dual, é policotômica. Como diz a música do Wando, “ela é raio, estrela e luar”.  É menina e mulher, é filha e mãe, é amante e governanta... !Ela é um ser totalmente capaz, e luta por seus direitos (só que muitas vezes de maneira equivocada), usa-se muita disputa, em uma causa que por natureza é ganha, afinal somos seres iguais, e ocupar um lugar no espaço é somente uma questão de posição e não de imposição. E nessa "guerra", conforme ganhamos a luta por igualdade, perdemos nossa posição diferenciada quanto “sexo frágil”.
            As mulheres avançaram tanto nestas últimas décadas e foram encharcadas com informações e fórmulas sobre como estar nesta competição entre sexo que agora sentem a linha tênue que divide as “igualdades”, sentem-se desamparadas, esquecidas e pouco conquistadas. Reclamam da ala masculina, mas será que essa corrida pela igualdade não tenha causado no homem essa falta de cavalheirismo?
            A linha entre os sentidos ficou fragilizada e com certos nós difíceis de desatar. Hoje vemos os homens correrem nessa “linha bamba”, buscando equilibrar a posição de gentlemen, todavia pisam sem jeito nos nós e a prática de certas gentilezas ficam fora do contexto, e inclusive alguns argumentam que se abrem a porta, elas dizem que não precisa fazer isso, pois não são aleijadas; se fazem um jantar com luz de velas e flores, são meio efeminados; se beijam a mãos são caretas; se dão flores é um conquistador barato; se dão presentes, estão querendo comprar...  Às vezes, nós sexo frágil e enigmático, passamos sim do limite, deixando o sexo forte totalmente inseguro e incerto em como agir.
Apesar de todas as mudanças pelas quais as mulheres passaram, é notório que ela espera sim cavalheirismo, amizade, tratamento diferenciado (nenhuma mulher quer ser tratada como o amigo). Há também que dizer que por causa dessas mudanças os homens relaxaram no quesito gentilezas, acomodou-se, não se sente desafiado a seduzir e conquistar com aquelas delicadezas que são bem vindas. Acham que o ato sexual, uma boa pegada é suficiente...  Acredito que cavalheirismo não é só praticar uma ação, mas sobre tudo compreender uma mulher, entrar no seu mundo, desvendar suas “neuras” e até mesmo aceitar um não como resposta com dignidade e não sair por aí detonando àquela que não o quis.
            Atenção, carinho, surpresa, respeito, educação, espaço e outras gentilezas e valores são importantes entre pessoas que se relacionam, tanto de um lado quando do outro. Mulheres adoram gentilezas e isso nada tem a ver com capacidade! Abrimos um sorriso quando abrem as portas e fazem “aquele maravilhoso gesto” para passarmos primeiro, é claro que se estivermos sozinhas, as abrimos sem problemas. Sentimo-nos o máximo quando carregam nossos pacotes e até colocamos nas mãos deles sem que percebam...
Temos que aprender a ser simplesmente mulher, pois aí reside a graça dessa ambigüidade toda, de nos fazermos desejar pelo que somos quanto gênero: Feminino! Isso não quer dizer que precisa ser uma “fresca” e sim aceitar que os homens precisam se sentir úteis e protetores, pois assim é a natureza.
            A feminilidade diante deles tem que ser provocada constantemente, para que eles não se acomodem e se por acaso acomodar, não podemos reclamar, pois somos responsáveis por isso, através do nosso medo de parecermos frágeis, dependentes, imaturas e fracas.
            Do meu ponto de vista, Deus fez o homem e a mulher dotados de inteligência e capacidades intelectuais idênticas, todavia a forma de processar tudo isso é diferente e precisa ser entendida. Eles têm força física e nós temos força emocional. Eles são razão e nós emoção. Eles são protetores e nós carentes dessa proteção... Portanto que abram todas as portas, que tenham ataque de ciúmes, que carreguem as malas, que resolvam assuntos pesados, que paguem a conta do restaurante, que coloquem o paletó nos nossos ombros e fiquem no frio, que dêem o braço para não desequilibrarmos nos saltos! Que nos tratem como princesas, como rainha ou como dama apenas, mas que sejam cavalheiros e nós simplesmente mulheres. 

               Que voltem os tempos antigos, que volte a moda antiga! Para isso é só afofarmos o pé do acelerador, dar passagem ao “brutamonte”, que na verdade é um gentleman assustado e não sabe mais como agir com esse novo perfil da mulher moderna e super independente

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

NÃO QUERO MUITO...


De ti não quero muito...
Quero teu AMOR,
Cheiro,
Presença,
Energia ,
Fidelidade,
Carinho,
Colo,
Respeito
E você inteiro para mim
 Pra vida toda.
É pouco?...
Mas eu contento com apenas isso!
O seu pouco,
Pra mim é tudo.

Marly Bastos

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

HOMENS, SERES TÃO SIMPLES!

Foto extraída da internet, 
se o dono da foto se sentir lesado pelo uso,
 pode vir falar pessoalmente comigo rsrsrs
A natureza humana tem mudado.  Tem mudado a cabeça das pessoas, a cultura, a moral, a educação, a saúde, e o conceito de bem estar. Entre essas mudanças, podemos falar da mudança do macho humano ... Daqui a um tempo, vai ser tantos não sei o que "sexual", de forma que não iremos conseguir separar os “daqui com os dali”. Os heterossexuais já estão tão meio a meio que já querem fazer parada hetero; homossexuais, são tantos livres, leves e soltos, como os que ainda estão espremidos em alguma gaveta (ou é armário?); ainda tem os metrossexuais, algo meio efeminado... Desculpem-me os metros, mas sobrancelhas feitinhas, gloss labial rosinha, depilação do peitoral com cera quente, fazer contorno perianal(aff), cueca fio dental(rsrs) é coisa que poucas mulheres apreciam. Mas deve  ter homens que gostem...Sera? Só para ilustração: Tenho um colega que é gay assumido e declarado, todavia ele me disse que nem gay  gosta dessas boiolices, e que se realmente gostasse de frescuras e delicadezas, ia ser apaixonado por mulheres... Ele é gay exatamente porque gosta de homens, e esses tem que ser macho, forte e másculo! Meu colega tem o mesmo gosto que eu... E também é o gosto da quase totalidade das mulheres do planeta. Homem tem que ser homem simplesmente, e claro, isso inclui ser cheiroso e educado.

Homem por natureza tem espírito de pássaro (e não confunda com ave tá? Alguns são galinhas mesmo, mas vamos continuar com a prosa em alto nível). E precisa mesmo ser livre, nada de engaiolá-lo, senão ele pára de te cantar, de voar em seus braços amorosos e de fazer pouso em seu ninho. Homens têm no DNA a liberdade, o voo por lugares diversos, mas sempre retornam ao ninho se forem bem cuidados. Devemos entender que homens não podem ser presos em correntes, em armadilhas e em arapucas da vida. Homem não pode ser apossado ou mesmo, se tornar propriedade de alguém. O elo que o liga a uma mulher é a conquista, através de carinho, amor, atenção e dedicação e tesão.

Homem vive e sobrevive de coisas simples: amor, desejo, comida, bebida e controle remoto da televisão (incrível como eles se sentem poderosos com um na mão. Tentar fazê-los entender que não precisa ficar com o controle na mão para que a televisão funcione é tempo perdido, então vamos deixar os meninos né?). Eles geralmente, são seres folgados, que fazem bagunça, desorganizam tudo, odeiam shoppings (como pode isso???), são avessos a telefone, monopolizam a televisão com o bendito futebol. Quando não está passando futebol, eles mudam para o canal de pescaria, de motos, de carros velhos, lutas e ainda tem o canal do boi pra completar ( haja leilão de vacas peitudas). 

Homens odeiam discutir a relação, de se explicarem, de brigar (geralmente a mulher briga sozinha...), e odeia que você se ausente quando eles estão em casa. Sinceramente se gosta de homem, prepare-se para viver com um ser tão simples que nem parece realidade(e eu os adoro por isso, de complicada basta eu).  Adoram carinhos em abundância, e precisam disso. São movidos em grande parte por cumplicidade, companheirismo, desejo, poesia no olhar, declarações de amor, mimos (do tipo cama, mesa e banho), e controle remoto (esse é item necessário para o deleite do homem). Dê-lhe carinho ao anoitecer e terá um raio de sol a te observar pela manhã. E aproveitando o calor no olhar dele, faça o desejo queimar no leito e terás homem realizado e feliz o dia inteiro (sabe aquele sorriso bobo que paira nos lábios sem quê e nem pra quê??? Pois é...)

Cuide do seu homem como se fosse um jardim! Você é capaz de ser uma boa jardineira, regando os sonhos dele; arrancando as pragas daninhas da solidão e desconfianças; adubando a esperança, alegria e prazer em pequenas coisas (que ele nem sabe que existe). E depois admire muito o seu “jardim”, sinta o perfume da sua alma, as cores do seu pensar e adormeça em seu frescor... Homem quando não é bem cuidado, fica vulnerável, com sentimentos instáveis e isso faz deles presa fácil nesse mundo de cão. Basta achar alguém que os trate melhor... E você, dança bonitinho! Ele é um crápula? Não querida, você foi quem ficou de boca aberta. Então um conselho: Se quiser ter um companheiro fiel e dedicado à você, aprenda a tratá-lo bem! Saiba que tem sempre alguma sedenta pronta pra dar carinho e conforto, o que você displicentemente esqueceu de dar, e aí minha cara, pode ser muito tarde...

Nunca cometa o erro de fazer a guerra dos sexos no quesito finanças (principalmente), culturalmente e na inteligencia. Isso cansa, inferniza, vulgariza e te fará perdedora, rapidinho. Se ganhar a guerra, perderá o companheiro. Não caia nessa de querer estar por cima, e nem queira que ele esteja atrás de você, pois homem quando se sente humilhado fica cruel, e isso vai facilitar o chute na bunda que ele te dará.

Homem dá trabalho sim, mas vale à pena! Ter ao seu lado um homem apaixonado, feliz, desejoso, gentil e fiel, sinceramente não tem preço.  Agora, você quer um homem bom? Então lá vai a dica (e de graça): Homem não é ser manipulável, mas quando se sentem valorizados, se tornam generosos e se moldam aos seus carinhos em forma de coração, de colo e de aconchego.
                                                             Marly Bastos

sábado, 4 de fevereiro de 2012

DES À BAFO... E não se esqueça que eu também falo de flores(e algumas vezes como esta, falo de espinhos...)


Alguém disse que meu blog é uma salada. Eu concordo plenamente com essa afirmação, pois o criei como forma de me expressar, de colocar meus pensamentos pra fora da casinha chamada mente. Eu penso tudo, analiso um bocado e reflito sobre algumas coisas. Minha análise é baseada na minha vivência e minha reflexão é produto do anseio da minha alma. Por dedução, eu sou uma salada (de sentimentos, análises e reflexões) bem temperada às vezes, e insossa outras. Poderia dizer que por vezes, minha razão mergulha num copo d’água, e minha insanidade num oceano. É assim que eu sou: profunda e rasa, razão e loucura, lógica e dedução, forte e frágil, rápida e lenta, mulher e menina, ousada e ingênua... Enfim sou de metades. E essas metades brigam para prevalecer e nem sempre(ou quase nunca, pra ser sincera) a parte melhor ganha.
Meu blog não é convencional, como eu não sou. Nunca fui. Quando eu era criança, achavam-me meio esquisitinha. E eu era. Quando eu era adolescente, achavam-me meio esquisita. E eu fui. Hoje, ainda me acham esquisitona. E eu ainda sou... Mas, minhas esquisitices é meu diferencial.
Estava falando do meu blog né? Essas divagações!!... As idéias fluem, fazem os dedos correrem no teclado, e eu tenho que me policiar pra não pular de um assunto pra outro, afinal onde ficaria a coerência se eu lançasse minha mente nas letras simplesmente? Bem... Vamos pra briga...
Eu não sei interpretar um texto ou comentário? Ah, nem vem que não tem! Se eu interpreto mal é porque você se expressa horrivelmente. Então, antes de vir me chamar de burra, murche as orelhas, e escute os ecos do seu zurrado. Estou sendo dura nas palavras? Talvez seja porque as suas tiveram agressividade para comigo... A moeda tem duas faces! Mas, tal qual a moeda eu só tenho uma cara e ela eu não dou para ser estapeada por quem não tem moral pra isso. Eu sei, eu sei do ensinamento de Cristo...
 Ainda vou ter que praticar muito...
Ia esquecendo: A minha moderação nos comentários não é porque tenho medo do que possa ser escrito, mas sim pela emoção de ver “** comentários” lá no meu painel e por medo de deixar de ler algum comentário, tipo assim, passar batido e eu não o vir. Só e somente só por isso.
Sou de uma mansidão e bom humor que às vezes irrita. Dizem: Reaja mulher, desça dos saltos, pule da cruz e detona! Não sou disso, poucas coisas me enervam e entre elas está a falta de educação, sarcasmo e dissimulação. Noto que certas pessoas usam a internet para disseminar sua falta de caráter, suas mesquinharias e derrotas sobre os outros, se esquecendo (ou não) que por trás da tela tem seres humanos que podem ser feridos. No caso dessas pessoas, um clique não basta para resolver o problema. Mas cá pra nós: Dá um prazer danado clicar na tecla “delete” dependendo de quem seja... Se dá! Ô0o0o0o0o0oh...
Amigos, eu sempre digo que nesse imenso jardim blogosferial tenho encontrado rosas de todas as cores e perfumes, e aqui e ali uma erva daninha, mas a formosura das rosas, sufocam-nas. Todavia, um antipraga para ao menos dar uma murchada nelas se faz necessário de vez em quando...
Quem nunca teve pragas no seu jardim?
Estava escrevendo sobre o meu blog um pouco antes do desabafo né? Pois é, não me venha com essa história de que devo criar outro blog pra postar isso ou aquilo, pois seria o mesmo que dizer que eu tenho que me dividir em várias partes e isso eu não posso, pois modestamente, eu estou na medida certa, nem mais e nem menos. Se tirar, falta e se acrescentar, transborda.
Deixando as brincadeiras de lado, confesso que na verdade, sinto-me incompetente para criar mais um blog, prefiro não abrir as pernas mais do que posso e acabar estatelada no chão.
Beijokas doces e amo vocês!
Marly Bastos

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

ENVIESADA


Sim eu sou mulher!
E às vezes me sinto condensada dentro de um frasco de poesia
ou espremida num saco de incertezas.
Sou de parir lágrimas de amor, 
mas também sei cultivar um espinhal que fere doído. 
Eu sou mulher e por isso lacuno meus medos,
deixo meus desejos navegarem sem fronteira
e sou capaz de ocultar as chagas das tristezas que a vida impõe. 
Confabulo um chamego e um cafuné, e me deixo transbordar de amor. 
Às vezes sou gata no cio, que exige, que arranha e que toma tudo...
 Ou gata dengosa que só quer aconchego, espreguiçar languidamente
e ficar observando o mundo com olhar profundo.
E me dou ainda ao prazer de ser gata felina, 
que vai à caça, e luta pelo rato de cada dia.
Sou contradição, sou lógica!
Sorrio chorando, choro sorrindo.
Sou suave mesmo num vendaval 
ou furiosa como um bouquet de rosas vermelhas.
Vivo loucuras sentidas e despudoradas,
também sou formada de verdades benditas,
 palavras edificantes e carícias curadoras.
Sou sim, capaz de esfaquear verdades, arrancar pedaços de mentiras,
costurar sentimentos no tempo e lamber lentamente minhas tristezas.
Minhas palavras têm personalidade própria
e elas mostram que sou muito humana e deveras enviesada.
         Marly Bastos