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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

ERA UMA VEZ MEU AMOR


E eu que queria apenas ser o castelo de areia, displicentemente erguido na sua praia, lambido por suas ondas, diluído nas suas águas. Todavia, fiquei ali... Sendo desmoronada pelo vento, acalentada pela brisa, e grão a grão morrendo em minha forma.

Ausentaste-te de mim...

Eu alegremente, fui até você, oferecendo meu riso líquido e cristalino, minhas mais puras carícias, meu maior desejo, meus lábios de lua cheia, minhas duas  minguantes, e meus olhares insinuantes...

Recusaste-me...

Voltei arrastando um sorriso triste, umas carícias bruscas, um desejo chocho, lábios amargos, e olhar vago...

A sua mentira não foi doce, nem a sua recusa foi gentil... Ela amargou as minhas lágrimas, fez ferida no meu coração, lancetou meus versos, açoitou minhas estrofes, borrou-me as escritas... Matou minha inspiração!

Marly Bastos


18 comentários:

  1. Lindo poema, amei os versos da lua cheia e duas minguantes, em olhares insinuantes ...
    Dizem de você o que a gente vê, e o que os olhos percebem, despertam mais a sensibilidade para o que se lê.
    Gostei muito.
    Bom fim de semana.

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  2. Hoje as suas letras são doidas.
    Menina, não deixe que nada nem ninguém mate a sua inspiração, fique-la no seu coração e feche a porta.
    Faça da suas lágrimas fonte de novos versos e mesmo doendo cante o seu dor.
    Beijos carinhosos pra você.

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  3. Marly, você foi intensa, doce e suave. Há momentos mágicos e dramáticos no texto como o em que ‘morre em sua forma’ e ‘a morte da inspiração’. Tanto na prosa como no verso você está irresistível. Parabéns linda! Sarah lhe mandou um abraço lá de meu blog. Bom final de semana, linda!

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  4. Marly,

    Não esqueças que dentro do teu peito moram ainda todos os sonhos, todos os desejos...

    Beijos!
    AL

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  5. Embora o final do poema diga o contrário, achei seu início pérolas inspiradas!!

    "E eu que queria apenas ser o castelo de areia, displicentemente erguido na sua praia, lambido por suas ondas, diluído nas suas águas. Todavia, fiquei ali... Sendo desmoronada pelo vento, acalentada pela brisa, e grão a grão morrendo em minha forma.
    Ausentaste-te de mim...

    Eu alegremente, fui até você, oferecendo meu riso líquido e cristalino, minhas mais puras carícias, meu maior desejo, meus lábios de lua cheia, minhas duas minguantes, e meus olhares insinuantes...
    Recusaste-me..."

    Acho que qualquer leitor inteligente desejaria ser o pronome "tu" para os quais os versos acima se dirigem... Enfim, as coisas são o que são.

    Às vezes, como diz a Fênix, é preciso "morrer" para "renascer".
    às vezes, é preciso se livrar da "pele velha" para a cobra exibir suas "escamas novas".
    às vezes é preciso "vomitar" o que nos incomoda no estômago, para dar espaço à "ingestão" de novos paladares e com prazer de volta.


    Se procurar, acha um foto de um castelo de areia no meio de outras em http://mesdre.blogspot.com/2010/10/um-uiquendi-com-voceish.html

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  6. Embora o final do poema diga o contrário, achei seu início pérolas inspiradas!!

    "E eu que queria apenas ser o castelo de areia, displicentemente erguido na sua praia, lambido por suas ondas, diluído nas suas águas. Todavia, fiquei ali... Sendo desmoronada pelo vento, acalentada pela brisa, e grão a grão morrendo em minha forma.
    Ausentaste-te de mim...

    Eu alegremente, fui até você, oferecendo meu riso líquido e cristalino, minhas mais puras carícias, meu maior desejo, meus lábios de lua cheia, minhas duas minguantes, e meus olhares insinuantes...
    Recusaste-me..."

    Acho que qualquer leitor inteligente desejaria ser o pronome "tu" para os quais os versos acima se dirigem... Enfim, as coisas são o que são.

    Às vezes, como diz a Fênix, é preciso "morrer" para "renascer".
    às vezes, é preciso se livrar da "pele velha" para a cobra exibir suas "escamas novas".
    às vezes é preciso "vomitar" o que nos incomoda no estômago, para dar espaço à "ingestão" de novos paladares e com prazer de volta.


    Se procurar, acha um foto de um castelo de areia no meio de outras em http://mesdre.blogspot.com/2010/10/um-uiquendi-com-voceish.html

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  7. Estou melhorando , mas sinto falta de vir aqui e carinhar quem eu gosto muito e faz parte do meu dia e vida, tenha um domingo lindo e harmonioso, beijos !

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  8. Marly
    Belíssimo poema, do início ao fim. Resta sacudir a poeira e dar a volta por cima. Alguns amores não merecem ser vividos...Ainda mais, fazer calar a sua inspiração. Vixe!!!Aí eu é que morro!!!
    Bjkas com doces carinhos! Teamo, pessoa mais que linda!

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  9. Olá, desculpe invadir seu espaço assim sem avisar. Meu nome é Fabrício e cheguei até vc através do Blog Krasivo. Bom, tanta ousadia minha é para convidar vc pra seguir meu blog Narroterapia. Sabe como é, né? Quem escreve precisa de outro alguém do outro lado. Além disso, sinceramente gostei do seu comentário e do comentário de outras pessoas. Estou me aprimorando, e com os comentários sinceros posso me nortear melhor. Divulgar não é tb nenhuma heresia, haja vista que no meio literário isso faz diferença na distribuição de um livro. Muitos autores divulgam seu trabalho até na televisão. Escrever é possível, divulgar é preciso! (rs) Dei uma linda no seu texto, vou continuar passando por aqui...rs

    Narroterapia:

    Uma terapia pra quem gosta de escrever. Assim é a narroterapia. São narrativas de fatos e sentimentos. Palavras sem nome, tímidas, nunca saíram de dentro, sempre morreram na garganta. Palavras com almas de puta que pelo menos enrubescem como as prostitutas de Doistoéviski, certamente um alívio para o pensamento, o mais arisco dos animais.

    Espero que vc aceite meu convite e siga meu blog, será um prazer ver seu rosto ali.

    Abraços

    http://narroterapia.blogspot.com/

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  10. Ma.. penso que em se tratando de amor nem adianta regras nem conselhos. Porque não é o intelecto que conduz, e sim o coração.

    Vou fazer aqui um comentário meio tonto..mas que me veio a cabeça:
    Vão se os dedos e ficam os anéis.

    As vezes temos que desocupar o bau. Tendeu??

    Mas vai escrever lindo assim lá no Céu. Voce colocou tanto sentimto e olha só o que resultou: Um lindo poema..digno de vc!!

    Para que o novo entre.

    Um beijo.. vc é linda!!

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  11. Marly, você sempre consegue me emocionar, suas palavras são infundidas em sentimentos tão lindos, por vezes tristes, mas belos da mesma forma! Beijos querida...

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  12. Palavras vinda do coraçáo, beijo Lisette.

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  13. Boa noite, Marly.Você perguntou se podia dizer que me amava, e eu te digo que claro que SIM!Sinto o mesmo e isso para mim é muito bom.
    Quanto ao seu poema, ele é excelente, vívido e totalmente entregue.Não tem como você perder a inspiração em nenhum sentido,ela apenas poderá se afastar de ti, escondida em um cantinho de você mesma, porém, sempre viva e presente!
    Você é a INSPIRAÇÃO!
    Um beijo grande, amada, tenha um excelente domingo, e fique com Deus!

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  14. Escrito com a anima poética tão sua e tão particular que a inspiração logo te procura. Um abraço, Yayá

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  15. Muito lindo, querida! Construimos sempre castelos, mas tão frágeis! Por outro lado, nunca deixarão de inspirar as almas sensíveis e sonhadoras. De certa forma, sabemos se são consistentes ou não os nossos sonhos, mas isso não nos impede de vivê-los... e de arcar com a saudade.

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  16. Marly, achei que estava te seguindo rs rsrs vi vc num outro blog e percebi que voce não estava no meu painel. Mil desculpas.
    Um beijo grande.

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  17. Ainda bem que na areia se pode moldar outras formas, coisas mais leves, livres e ainda mais bonitas do que um castelo.

    Estamos constantemente nos reinventando, é esse o destino.

    Um beijo, querida.

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  18. oi Marly querida,

    que palavras lindas minha amiga,
    mas tão tristes,
    como se as ondas tivessem mesmo,
    destruido o castelo de areia...
    tem um santo remédio,
    construir outro bem mais bonito...

    beijinhos

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