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domingo, 27 de outubro de 2013

A DOR DA GENTE.

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É inevitável a dor da perda! Todo mundo, um dia ou outro tem que viver isso, e não é uma fatalidade, mas é o viver. Dói demais a perspectiva de não ter mais ao nosso lado alguém que a gente imaginava ser eterno. O “nunca mais” dói! E quando esta dor se une à ideia de não termos feito algo mais, não termos dito tantas coisas guardadas, de não termos abraçado mais, ainda é pior.

É preciso evitar o “ se eu soubesse", " se eu pudesse voltar", “e se tivesse...”. Infelizmente haverá outras perdas e você as viverá melhor se souber que fez sua parte, que ofereceu flores e que a pessoa pode contemplar sua beleza e sentir seu perfume... Mesmo assim, ainda vai doer demais, mas de maneira bem diferente [sem questionamentos torturadores, sem amarguras, sem revoltas, e sem desespero]

A dor da gente parece mais dolorosa que a dos outros, isso é porque é nossa, nós a sentimos. E não há mesmo comparação entre dores. A dor pode até ser igual, mas é sentida de modo diferente. Somos insubstituíveis, e cada pessoa tem um relacionamento diversificado com alguém e esse é o patamar para o nível da dor. E por mais que o tempo passe, por mais que o mundo dê voltas, vai ficar um sentimento de orfãnidade dentro de nós pela perda de alguém querido.

Tenho lutado contra essa dor torturadora. Sei que no correr dos longos dias ela se vai, e quero sentir alívio e não frustração, pois sei que um grande amor não exige dor e luto eterno, estes não podem durar mais que a beleza da vida e a nossa eterna gratidão ao bom Deus, por ter nos agraciado com a longevidade de dias [e não é coerente viver essa longevidade na tristeza e angústia].

Permito sim um descansar para essa dor emocional, mas sei que ela tem um tempo limitado, não posso paralisar e estar eternamente desestabilizada, senão assim em vez de uma perda, teremos duas, a da pessoa amada e a da nossa essência.

Diariamente tenho exercitado a gratidão pelos momentos, tempo e partilhar de uma vida em comum ao lado dessa pessoa amada que se foi, e isso tem sido uma fonte de cura dessa dor.É com base nesse nosso relacionamento com Deus que os nossos sentimentos bons emergem. Eu não resisto às minhas emoções. Sinto tristeza, dor e me permito sem contar o tempo o meu luto, mas evito a autopiedade, afinal esse é o ciclo da vida. O João se foi, mas não o amor dele, esse permanece em mim e em todos os que o amavam.
Marly Bastos

15 comentários:

  1. Te entendio muito bem e desejo que essa dor tenha muitos desses "recreios", onde possas apenas lembrar com saudade,sim, mas com a certeza de que o amor ainda está, o amor sobrou apesar da falta. O pior é que esse é um período que deve ser vivido e só tu o podes fazer no teu caso. Ninguém pode sofrer por ti, apenas desejar que sejas forte e não sofras muito! beijos,tudo de bom,chica

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  2. Apesar de todos os cartões, mensagens e abraços onde desejamos toda a felicidade do mundo para você, sabemos que toda essa felicidade do mundo não existe. Não aqui. Viver implica em algum momento passar pela dor da perda, do luto.
    O mais bonito quando você compartilha da tua dor conosco é a delicadeza como nos alerta para fazermos a nossa parte, assim a dor não será torturante. Durante muito tempo eu vivi essa dor do "e se eu soubesse"... Mesmo na dor podemos aprender.
    Beijo

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  3. Olá!Boa noite
    Marly
    ...apesar que cada um é único, não há dois iguais e isso se reflete nos vínculos que estabelecemos, bem como nas condições da dor pela perda daqueles que amamos
    ... sei bem como é o sentimento de perda
    ( " O “nunca mais” dói! ") ...essa dor que nunca vai desaparecer completamente, pois sentimos a saudade que é a mais maciça certeza de que a pessoa permanecerá viva em nossos corações. mas, é possível perceber que, embora saibamos que, jamais iremos esquecer , a vida pode e deve continuar a ser vivida,
    (um tempo limitado) sei também, que com o tempo vai ser atenuado e as crises de pesar, antes intensas, tornarão-se menos freqüentes e mais suaves...
    (evito a autopiedade, é o ciclo da vida). não tem de se apagar as memórias, nem evitá-las, há que aceitar, há que olhar a realidade, e depois tentar reestruturar-se, acreditando e fazendo coisas no presente para construir e perspectivar o futuro...Força! Deus está ao teu lado!
    Vamuqvamu...
    Agradeço pelo carinho!
    Beijos.

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  4. Que coisa mais linda teu texto colega!
    De chorar e de nos impulsionar!
    Namastê!

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  5. Bom dia Marly,toda separação dói muito,mas um dia isso passa!
    Agradeço a sua visita,e seu comentário beijinhos.

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  6. Olá prezada Marly, e que tudo esteja bem!

    Com certeza, ninguém cá neste mundo pode avaliar a dor que sente, senão você mesmo, mas é como você mesmo tem descoberto ao longo dos dias que se vão, haverá um dia que esta dor será apenas uma boa e feliz lembrança, tão cicatrizada vai estar ela, e você sempre certa de que necessita seguir em frente, com esta vida que te restou, e assim não temos como fugir, ainda que jamais nos acostumemos, vamos todos viver estes maus pedaços, um dia!

    Mas até lá, por cá seguimos, sempre em busca dos momentos felizes, e sempre gratos por cá termos mais um dia por respirar e com esta vida nos encantar, e eu grato por compartilhar teus pensamentos e tua amizade, e também por tuas gentis visitas e comentário desejo que seja deveras intenso e iluminado de felicidade o teu viver, um grande abraço e, até mais!

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  7. O teu texto é lindo, comovente e digno de ser lido por toda a gente, principalmente por aquela que perde alguém a quem ama.
    Concordo contigo em absoluto. Esse é o caminho. Essa é a atitude perante a adversidade em geral e perante a perda de um ente querido em particular. Estou contigo, solidário e amigo.
    Marly, minha querida amiga, tem uma boa semana (a melhor possível).
    Beijo.

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  8. Marli, seu texto é verdadeiro e emocionante. Apesar da dor, mostra muita consciência sobre o lugar que as lembranças precisam ocupar, o tempo que devem durar e a vida que deseja levar. É corajosa ao olhar para si, revelar a dor e dar-lhe um tempo para aliviar, já que a vida segue. E precisa seguir bem, por você e pelos seus.
    Iniciou o texto falando justamente sobre o que penso muito... é preciso que as atitudes e gestos sejam exercidos em vida, porque após a partida, o arrependimento só é capaz de gerar dor sobre algo que não se pode modificar.
    Um abraço!

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  9. Você foi muito clara e sábia em seu texto. Admite a dor e sabe que vai enfrentá-la durante seu período de duração. Realmente, não há dores iguais porque o sentir é diferente, assim como a forma de se lidar com ele. O separação física é para sempre, mas ninguém lhe tira as alegrias já vividas e o amor que lhe foi presenteado. Grande beijo!

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  10. Olá Marly,
    Lindo e triste o seu texto, me tocou profundamente... traduz toda a sua dor e de todos aqueles que perderam um ser amado. Como eu também vivo essa dor, sei bem o que vc sente, é muito difícil, dói demais... Dizem que o tempo cura, e acredito que à medida que passa, o tempo vá amenizando a dor, mas o vazio e a imensa saudade fica para sempre em nossa vida e no nosso coração. E você tem razão, a dor de cada um é a dor maior e cada pessoa pessoa reage de forma diferente. Temos que nos apegar à Deus e às boas lembranças dos momentos felizes vividos ao lado de quem tanto amamos e que partiu antes de nós, isso nos consola, alimentando-nos de força para prosseguir na caminhada. O amor não morre jamais!
    E, vamos vivendo ... Que Deus sempre acalente nossos corações!
    Um abraço carinhoso, minha amiga. Paz e luz em sua vida!

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  11. Marly querida,

    Ao ler um texto subscrito pela Letícia Thompson lembrei-me de você. Segundo ele, é necessário quatro estações para que se possa passar adiante depois de uma perda. Há as ocasiões mais doloridas, mas o passar dos dias vai amenizando a dor e cedendo espaço para o carinho das lembranças. No momento da perda costuma-se pensar que não se é capaz mais de sorrir ou vivenciar a alegria, mas "depois de algumas auroras e alguns entardeceres, vamos descobrindo que a vida ainda está muito presente, que ainda somos capazes de nos alegrar com outras coisas, sem que isso diminua o amor e a saudade que sentimos de quem partiu".
    Creio que é comum nos cobrarmos quando perdemos alguém. Vamos sempre pensar que faltou fazermos ou dizermos alguma coisa, mas não devemos nos torturar com isto. Acredito que sempre fazemos o melhor para aqueles a quem amamos (pelo menos o melhor que podemos oferecer em cada momento).
    Seu texto é bem consciente. Você conhece os caminhos que a levarão à superação deste dor. Há outras pessoas que necessitam do seu amor e que não desejam vê-la sofrer indefinidamente. Passado este momento de luto, ficarão as lembranças que alimentarão uma doce saudade. Logo o sol voltará a brilhar em seus dias.

    Beijo, com muito carinho.










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  12. Bom dia minha bochechinha rosada !!!!!!!!!
    Pessoas que marcam nossas vidas para sempre estarão conosco em nossas lembranças guardadas em nossos corações!
    Que Deus conforte o vosso coração , Deus ama todos e ele estão em um plano melhor que a gente tenha certeza.
    O amor vai alem da morte. Mesmo não estando em vosso meio essa pessoa estará sempre viva em sua memoria.
    Força e fé para o seu momento ...
    bjsssssssss

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  13. Oi Marly,
    boa tarde,
    vc expressa grande tristeza e dor aqui,
    nos chega com suas palavras,
    é muito difícil superar as perdas,
    mas como você diz, o amor da outra pessoa estará sempre com nos ...
    sempre presente.

    Desejo-lhe uma boa tarde
    um beijo e um abraço

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  14. Á pessoa que passam por nossas vidas e simplesmente passam , mas outra vem e
    fazem de nossas vidas um felicidade só , e o remorso não é
    nada legal ,pois elas merecem todo nosso reconhecimento.
    bjs

    http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/

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  15. É normal a dor da pessoa que partiu, e faz parte todos os sentimentos que passamos, pois faz parte do processo.
    Depois fica uma saudade eterna, sem dor..nos acostumamos.
    Abraços.Sandra

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