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segunda-feira, 30 de julho de 2012

ALMA NUA


Caladas e presas na garganta,
Estão minhas palavras não ditas,
Que o coração mansamente canta
Delírios das minhas razões (in) finitas,
No peito ainda há um mormaço,
Sentimentos contraditórios do “faço ou não faço”

Há um frio na alma nua,
Medo das idéias insanas,
Que o psicótico espírito insinua,
Coisas guardadas, embotadas... Servis e soberanas!
Sentimentos, impressões, idéias que se desfiam
Não são fatos e nem fotos, apenas memórias tiranas!

Procuro lembranças, desesperadamente
Não lembradas... Paradoxalmente, não esquecidas
Pelo tempo, embaçadas na mente
E na multiplicação dos dias perdidas.

Ah! Esse amor vivido em mim!...
Foi de todos o que menos conquistei,
Nenhum foi assim: Dono absoluto entre o além e o fim!
E por medo da entrega, também não me dei.
   E por tantos desencontros, me cansei...

Marly Bastos








14 comentários:

  1. Belíssimo, Marly!
    No amor, tudo o que não é entrega fica aprisionado no coração. Nó que não desata mais da garganta...

    Muitos beijos!

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  2. Marly,

    Por vezes nessa vida cruel acabamos nos apegando a lembranças, e isso é um pouco dolorido. Tento olhar mais para frente e deixar o passado, mas quando não consigo, se possível for, revivo no presente o que ainda me resta do passado, mesmo que os personagens sejam diferentes temos que descobrir maneiras de redesenhar os dias! Você é linda amiga e merece todo amor desse mundo não são esses desencantos que irão apagar teu brilho, tua luz vai alcançar novos amores ou até antigos, que te farão feliz e realizada! Gr.Bj.!

    P.S.> De cá apenas vou sobrevivendo...

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  3. Que lindo, Marly, estou sem palavras.
    Parabéns. Idália
    http://miminhosdaidalia.blogspot.com

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  4. Oi, Marly. Para o amor sempre me dou...mas os desencontros realmente cansam. Às vezes me pergunto por que é assim? Por que em alguns casos o amor parece vir tão fácil e em outros, parece sempre um descompasso de esperas? Um abraço!

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  5. Oi Marly,

    seus poemas sempre me remetem aos tempos de meus amores... hoje esta frase mexeu comigo:

    Esse amor vivido em mim!...
    Foi de todos o que menos conquistei.

    Amores que as vezes silenciamos, mas que foram os mais intensos..

    Beijos

    Leila

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  6. Quão cansativos são os desencontros e quantas oportunidades perdemos pelas dúvidas?

    http://senhoritamoca.blogspot.com.br/

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  7. Oi querida,

    Tudo bem? O seu poema me lembrou aquela música de Roberto Carlos:...esqueci de tentar te esquecer, resolvi de querer por querer..." Todavia esse amor de tão intenso pode ir ao fim por tantos desencontros.

    Beijos e boa quinta.

    Lu

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  8. Oi Marly
    Nossa esse poema ficou tremendo, intrigante, e ao mesmo tempo deu nó no cérebro dessa réles mortal, por medo da entrega, muitas pessoas não se dão, e aí se dão mal, porque quem não arrisca não petisca kkkkk.
    Bjão queridona. Fique co Deus!

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  9. Olá!Bom dia!
    Tudo bem, Marly?
    ...cansou?...Mas sempre insistimos... tentamos ser criativo e o máximo que se conseguimos é um amor remendado, com cara de Frankenstein. Quem sabe? Enquanto isso, o importante é viver as "delícias" que não estão apenas no amor. É se cuidar e não deixar que um gosto amargo tire a poesia do seu mundo.Até lá, serão encontros, desencontros, reencontros e, de repente, uma vontade enorme de parar quando alguém acelerar seu coração de novo...
    Boa quinta feira!
    Beijos

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  10. O medo é um danado, Marlyzinha... ele nos faz recuar quando deveríamos seguir adiante e tentar!!!

    Agora que estou retornando, estarei mais frequeente, lindona!

    bjks JoicySorciere => CLIQUE => Blog Umas e outras...

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  11. Por vezes não é medo, é cautela. E cautela, em todos os setores da vida é muito importante. Há tanta gente que "se entrega" e esquece de si mesmo. Ao menos isto eu sei que não é amar, afinal, quem não se valoriza, jamais poderá ser valorizado.
    Eu segui e deixei de seguir o blogue para seguir de novo e continua sem atualizações no painel. Por sorte percebi no blogroll, agora procurarei apenas por lá.

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  12. Ora se anda quando se deveria parar. E ora se para quando o certo seria caminhar. Que coisa, não? Todos temos palavras que ficaram presas na garganta e que gostaríamos de ter libertado, em algum momento da vida. Bjs.

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  13. Olá, Marly.
    Acho que perdemos muita coisa por medo de perder, ou por medo de nos decepcionarmos ou decepcionar quem queremos bem.
    Abraço, Marly.

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