Sabe aquele dia de marasmo? Você pede para que te deem serviço, senão você acaba dormindo em pleno trabalho. Bem, eu estava num desses dia quando chega o seu Geraldo da limpeza querendo “dar uma palavrinha” comigo.
- Pois não seu Geraldo o que foi?
- “Sabe o que é professora? Recebi uma carta da minha irmã que mora no interior de Minas e não consegui entendê uma coisa, e gostaria que a senhora intrepetasse pra mim e vê se descobre o mistéro.”
- O que diz a carta seu Geraldo? –Perguntei.
- “Oia professora, aqui ela diz que meu primo Zé Marcelo, que era dotor de agromaria, morreu com uma “facada no vão”. Beim... Ele era um homi bão que só, e não comprendo como argúem pôde fazer isso cuele. Ela não isprica quem deu a facada no vão do Zé e nem pormodeque. E em que vão será que ele levou a facada? Leia a carta, professora, fais favor.”
... Eu li... E descobri que ela escrevia muito mal, e ele lia pior ainda! Segurei para não rir! Juro que segurei. Respirei fundo, e comecei a minha tradução da carta (literalmente traduzi).
- Seu Geraldo, aqui ela diz que o seu primo Zé, morreu com uma faísca de trovão. E creio que por isso ela não explicou mais nada.
- Bão... Faísca de trovão? – Seu Geraldo coçou a cabeça.
- Pois é... Um raio veio passou pela cabeça, correu pelo corpo e furou a botina dele, seu Geraldo.
_ Intaum num foi assassinato? E num foi facada né?
_ Não. O senhor leu “facada no vão” em vez de “faísca de trovão”. Ele morreu com um raio que o partiu.
- Bão... Brigado professora! Fico aliviado que num foi assassinado.
Seu Geraldo colocou a carta no bolso e foi terminar de lustrar o corredor, pois o mistério estava resolvido. E eu fiquei imaginando alguém morrer com uma facada no vão. Mas, onde seria mesmo o vão? (risos).
Marly, kkkkkkkkk! Acho que o mais importante é o homem ter morrido e parece que o Seu Geraldo estava mais curioso pelo motivo da morte né?
ResponderExcluirAgora, ..., facada no vão é para pensar em diversas possibilidades, rsrsrs!
Beijos no seu coração.
Manoel.
Ufa, heim?! Que alívio!
ResponderExcluirLá se foi o mar raso,
ops, quero dizer, o marasmo!
não é mesmo?
hahahaha
Esta está dígna de ir para a coleção
da Série Não Confunda,
do Fama inFame...
Mas o que eu adorei mesmo foi
"agromaria", em vez de "agronomia" kkkkkk
Com todo respeito ao Seu Geraldo,
este "causo" foi ótimo para iniciar a semana!
Obrigado!
kkkk pobre senhor Geraldo!
ResponderExcluircomo a vida dos analfabetos e semi analfabetos é difícil, não?
Beijinho Marly!
Geraaaaaaaaldo! Um abraço, Yayá.
ResponderExcluirOie Marly
ResponderExcluirpassando para dizer que achei tudo muito lindo por aki, e que voltarei sempre!
Beijos e boanoite
Kkkkkkkk... Facada no vão com faísca de trovão, essa é boa, Marly! Passei pra te conhecer e já te seguindo, adorei seu blog e voltarei sempre. Bom fds, beijo grande
ResponderExcluirNão seria uma facada que de tão certeira atravessa o vão entre as costelas?
ResponderExcluirSei lá, néam?
:p
Beijos, querida!
O Vão, caberia nesse intervalo, enquanto sem rir, me sinto romântico ao te ler. Quanto a facada não sei, mas me parecem teus lábios, cortando minha fértil imaginação.
ResponderExcluirBeijo e bom domingo.
E o homem lá se foi...poderia ser de alguma outra coisa daquelas que vão e levam tudo...
ResponderExcluirUm texto com boa disposição, mas com o novo acordo ortográfico as coisas ficavam ainda mais cómicas.
Marly
ResponderExcluirIsso mostra como é que algumas pessoas estão interpretando suas leituras, na minha profissão eu me deparo com esse analfabetismo funcional o tempo todo, mas são crianças, adolescentes no máximo, o pior que eles na maioria não percebem que precisam superar suas dificuldades, não só pra ir bem nas provas... Esse ai poderia ter ficado na dele, e ia passar o resto da vida imaginando qual "vão" que escolheram pra enfiar a faca!
Rimos mas é de chorar!
Beijinhos no coração
Loucura total...kkkk...grande beijo de boa semana pra ti amiga.
ResponderExcluirDeve ser muito complicada a vida de pessoas que não tiveram oportunidades de adquirir cultura e ter que depender de terceiros para poder compreender as coisas.
ResponderExcluirJá sigo este blogue e breve estréia o primeiro capítulo de Ironia do Destino. Te espero lá.
Bem... tu nem imaginas no que pensei!!!
ResponderExcluir"Facada no vaum"...
Vaum = Bom = agora pensa o que quiseres!!!
Marly,
ResponderExcluirOtimo este "causo" da facada no vão.....rsrs
Fiquei curioso pra saber qual vão o seu Geraldo imaginava.
Adoro este povo simples, a morte para eles é natural, mas morte desonrosa nunca. Isso incomoda!
Dai a tranquilidade dele apos descoberto o misterio.
bjos
* Que bom ter achado o blog. Já troquei a URL novamente nos meus preferidos.
Marly querida,já ouvi falar em "vazio do cachorro"que,em minha região das Minas Gerais,é um local meio indefinido abaixo das costelas,mas vão,nunca ouvi falar...bela história,querida.
ResponderExcluirBjssssss e um belo final de domingo,
Leninha
Mas, se pensar bem, acho que Seu Geraldo era semi-alfabetizado nada! Ele devia ter era "leitura dinâmica distraída" por ler "em blocos e aos saltos" (certamente deve ter contribuído com isto a letra da irmã)... Veja:
ResponderExcluirFA(ís)CA D(o) (tro)VÃO
E ela devia ter "veia poética", né? Porque chamar RAIO ou RELÂMPAGO de "faísca de trovão" não é lá muito simplório, convenhamos.
rsrsrs
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk Seu Geraldo é uma figura! Infelizmente nem todos tem oportunidade de estudar né mamãe? Semianalfabelismo ainda impera, claro que é melhor que ser analfabeto, mas ainda assim é pela metade.
ResponderExcluirEstudar pra não ficar assim, necessitando de alguém para ler uma carta quase ilegível.
Te amo mamãezinha linda!
Sensacional!!!!!
ResponderExcluirbjs Sandra
http://projetandopessoas.blogspot.com//
Oi Marly que bom que veio. Sabe que tentei acessar seu blog, mas não consegui.Gostei muito do texto...Talvez mesmo com essa simplicidade , seu Geraldo seja mais feliz que muito doutores da vida.Seguindo.Ótima semana!
ResponderExcluirBjs grande!
Smareis
olá Marly
ResponderExcluirvoce é um doce de menina.
adorei seu geito tâo bela tâo suave tâo leve
adoro teu olhar!!
beijocas!! flor!!
Olá querida Marly,
ResponderExcluirViu como o marasmo passou rápido, graças ao seu Geraldo? Onde seria mesmo esse vão? (rsrsrs).
Beijos.
Oi Moça,
ResponderExcluirPassei pra deixar o meu boa noite e acabei dando boas risadas com essa narrativa temperada com o seu humor e imaginação.
Um poeta sabe sempre onde colocar as palavras e você é uma poeta maravilhosa!
Beijo com carinho.
Boa noite minha bochechinha rosada!
ResponderExcluirIsso é confusão ou uma loucura pequena,kkkkkkkk
texto que nos instiga na leitura e por cima damos boas gargalhadas...só vc para nos fazer rir...
Bjsssssssssss