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sexta-feira, 17 de abril de 2015

NO ANDAR DA CARRUAGEM, ANDA TAMBÉM MINHA VIDA...


O tempo tira de um lado e muito oferece do outro. Na maturidade, amamos verdadeiramente, sem limites, fronteiras e sem medo. E da mesma forma somos amados. Não vivemos do corpo e sabemos aproveitar o que a mente nos proporciona: Uma mente cheia de riquezas que aumentam a cada dia. 

Em questão física, tudo descamba e envelhece, mas os sonhos não acabam, as lembranças não morrem, a experiência e sabedoria aumentam e o amor não se cansa nunca. O tempo deixa marcas no físico sim senhor, desde a cor dos cabelos, textura da pele e até o tom da voz. Esse é o ciclo da vida. 

Mas vamos combinar, fruta madura é bem melhor... Mais doce, saborosa e suculenta... O que se perde em vigor físico, se ganha em experiência, vivência, sabedoria e é aí que entendemos melhor nossa existência  decifrarmos os atalhos que ela nos proporciona. É na maturidade que entendemos muitas coisas, é nela que temos uma vida renovada. O bom do envelhecer é a bagagem que se vai adquirindo e que nos permite viver melhor,com sabedoria e em plenitude. 

Alguém vai dizer que é balela essa colocação que faço sobre o passar do tempo, sobre a vida e suas marcas e que a aceitação de que envelhecemos é o melhor caminho para encontrar um ponto de equilíbrio para o nosso eu. Então vem a pergunta: E tem outro jeito? O tempo passa, a pele fica flácida e as articulações enrijecem... O olhar perde o viço, o cabelo perde o balanço, enquanto você balança e cai por qualquer tropeção. Ou aceita isso, ou vai ser uma pessoa velha e esticada por intervenções cirúrgicas, metacril e botox[e frustrada]. Nada contra [e até penso em fazer algo assim daqui uns tempos] mas encontrar o equilíbrio é essencial, para não parecer uma múmia no formol, uma pessoa ranzinza e azeda!

Enfim, o tempo é muito generoso quando as pessoas são sábias, quando sabem tirar maior proveito dele! A lei da vida é essa: Ao mesmo tempo que a ação da gravidade age na gente, os conhecimentos e cargas de experiência, também! Conforme os anos passam, aprendemos o suficiente para constatar a beleza que existe nesta fase da vida em que estamos. Enquanto perdemos no corpo, ganhamos na alma. Há mais ganho do que perda, afinal elastina se repõe [com injeções?] e sabedoria não tem quem possa barganhá-la na bioplastia. Basta aceitar que envelhecer o corpo faz parte do viver, mas que o interior pode ser eternamente jovem, Como? Nunca deixar que as lamúrias tomem espaço onde deveria estar a alegria! Ninguém aguenta velho ranzinza, isso é fato...

Marly Bastos

4 comentários:

  1. Marly, vou ficar um bom tempo lembrando desse seu texto e comparando o que li por aqui com algumas pessoas que conheço.

    Um beijo grande

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  2. Ah! Marly, belas palavras! Dignificantes a cada ruga silcada pelo sorriso ou pelo choro, que trouxe imenso aprendizado; a cada cabelo branco, tinto pelas estratégias boladas para se viver melhor; a cada passo lento, para observar a energia da vida que segue ao nosso lado; à decadência da beleza escultural jovem que não se troca jamais pelo ganho da serena sabedoria... Lindo texto!
    Abração da Célia, 68.

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  3. Negona deveríamos ter uma segunda chance, ou seja, poderíamos voltar aos 15 com a experiência dos 40, 50, 60... Perfeito, não?
    Brincadeiras a parte, tudo depende do equilíbrio. Também penso em fazer uma plástica daqui há alguns anos, mas n]ao pretendo me mumificar. Linda e natural, afinal, cada idade tem suas belezas, sua delícias. E, infelizmente, seus dramas também.
    Um xero negona!!

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