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quinta-feira, 31 de março de 2011

ASSIM SERÁ!


Tenho guardado na alma ressentimentos sim. Quais e porque de imediato não tenho respostas. Tenho alma sensível, e nessa minha sensibilidade noto que me ignoras conscientemente, sinto tua indisposição em querer entregar-te a nós, vejo tua resistência ao meu querer.
Peço-te não ignores quem em ti desperta o desejo maior do mundo, amor! Não desprezes aquela cuja presença está em cada célula do teu corpo, desde quando acordas até quando te deitas. Não te sintas tentado a provar que não estás disposto a te jogares do penhasco por livre arbítrio. Não te amedrontes e nem te acovardes! Não te refugies no aparente afastamento que me traz mágoa, e nem te silencies das minhas palavras, pois não compreendo no momento, as palavras mudas que ditam tuas razões...
Comparas nosso sentir como as ervas daninhas que necessitam ser arrancadas... Erva do Desejo, tu dizes. Se necessário, corte-as, mas não as arranquem pelas raízes!
Sim, mil vezes sim! Eu quero mais que momentos. Quero mil vezes! Nada exijo, apenas quero... Entendas o quão difícil é ser somente corpo, quando se entrega a alma. Não quero posse, apenas espaço no teu coração. Não imponho tua sinceridade, todavia tua clareza. Não me basta ser presença indelével em sua vida, quero ser ausência sentida. Não quero que me sejas fonte cristalina, quero que te tornes em meu corpo rio turbulento.
Amor, saias desta posição de defesa, vença o medo de estar totalmente em minhas mãos, pois as tenho carinhosas, e através delas posso levar-te ao banquete dos deuses.
Dizes tu, que uma deusa e um reles mortal não podem jamais se amarem, e que há um mundo de incompatibilidade entre eles... Todavia não sou deusa... Apregoas que a mim foi dado o poder da sedução e do encanto no olhar, no falar, no beijar, no mexer na intimidade. E eu te digo que a ti foi dado o poder de me fazer imortal no arrastar dos momentos a sós. Crês realmente que és apenas um homem que se deixou levar por esses encantos? O teu coração leva-te aonde tu teimas em não ir, e ainda dizes que ele é insensato??!!...
Quero-te com a extensão e profundidade que assusta-me! Estou mergulhada nas minhas interrogações, oprimida pelas minhas convicções e mesmo assim pronta para o mergulho, preparada para o vôo...
Verdadeiramente tu queres o amor dos românticos? Inatingível, alicerçado na fantasia, alimentado no platonismo?!... Vo-lo darei a ti! E quanto a mim? A quem darei meu amor-desejo? De qual fonte saciarei minha sede? Quem se banhará no meu mar?
Contento-me então, com o que queres dar-me! Dê-me tão somente o carinho da tua alma, e as labaredas do teu corpo distante, que fogueia na ausência. Farei no meio da noite poesias para ti, traçadas no vazio, e no alvorecer as declamarei para as sombras, e quando amanhecer abrirei a gaveta da minha alma e lançarei ali os suspiros sem gozos, os gritos sem sons, e toda melodia que cantou minhas entranhas. E amar-te-ei como amaram os românticos, com pena e papel...
Marly Bastos

quarta-feira, 30 de março de 2011

(RE)CONSTRUINDO-ME

VAI-SE A AREIA DA AMPULHETA...


Vejo minha vida passar
Escorregando por meus dedos
Como se fosse areia de uma ampulheta.
Sinto-me aflita, 
Sem tempo para realizar os sonhos,
Sem espaço para sonhar a realidade...
A efemeridade da vida me assusta!
Longevidade de dias eu quisera
Para realizar todas a minhas vãs fantasias
Para rir todos os meus risos...
E fazer riso, todos os meus prantos,
Que na maioria foram dramas raquíticos,
Foram tramas de mulher.
Não quero fazer balancete da minha existência
Pois sei que os anos que ainda tenho,
Não são suficientes pra fazer minha história.
Por isso, vou juntando meus pedaços,
Restaurando meus fracassos,
Sanando minhas dores,
Avivando minhas cores!
E a vida eu vou levando,
Na manha, com sabedoria (às vezes)
Tropeçando aqui, caindo ali
Mas levantando sempre...
Afinal quando toda areia 
Descer da ampulheta,
Já terei acumulado tempo,
E Deus, me dará asas para voar.

Marly Bastos

terça-feira, 29 de março de 2011

NADA VEIO COMO PEDI.

Eu pedi brisa,
E veio tempestade.
Pedi amor,
E veio paixão somente.
Pedi chegada,
E fostes partida.
Pedi sorriso,
E te fizeste meu pranto.
Parei de pedir!
E dei-te minha poesia,
E recebi uma despedida fria...
Chorei!
Então, esperei um príncipe,
E nem sapo apareceu...
E o resto da história,
O gato comeu!

Marly Bastos

domingo, 27 de março de 2011

SOU EU "MAR"...







Sou eu MAR,
Que te traga em ondas de beijos.
Ondas que transforma em laços, abraços,
E traços de puros desejos.

Sou eu MAR,
Que murmura gemido quente,
E te derreto em minhas águas....
Deliciosamente.

Sou eu MAR,
Que afoga teu cansaço,
E te embalo na brisa
Do faço e desfaço.

Sou eu MAR,
Que te lava da alma todas tristezas,
E languidamente te arrebato
Para minhas profundezas.

Marly Bastos

terça-feira, 22 de março de 2011

MEU NOME, MUITO PRAZER!


Na inocência dos meus três anos achei que pudesse escolher meu nome. Escolhi um nome que me parecia bonito: Silvia! Quando perguntavam o meu nome eu dizia bem esse mesmo: SILVIA!! Isso durou um bocado de tempo, e eu realmente achei que tinha vencido a guerra do nome... Desolada, descobri que perguntavam como me chamavam por brincadeira, por zombaria, pois sabiam que meu verdadeiro nome era Marly Benedita e que esse, estava lavrado em cartório. E eu lá sabia o que era cartório?? Nem imaginava que existisse um horrendo papel exibindo esse nome.
Olha, de verdade, não tenho nada contra o Marly e nem contra o Benedita, mas essa junção... Esse nome composto não tem nada a ver com nada! Acho que ninguém no mundo, além de mim chama-se Marly Benedita! Aos três anos, me senti frustrada, porque não pude ter o nome que queria.
Aos cinco anos, era revoltada porque descobri que esse nome estava escrito num papel e que “esse papel era pra sempre”! Odiei minha avó por se chamar Benedita, e que meus pais me darem esse bendito nome para homenageá-la. Aos sete anos descobri que o primeiro nome que era “melhorzinho” não significava nada. Era uma variante de Marlene, que é uma variante de Merilin, que é uma variante de Mary que é uma variante de Marley, que é uma variante de Maria... E Maria...! Todos os colegas da classe tinham nomes significativos, menos eu! Bem, se eu puxasse um pouco pelo Benedita, ia ter um lindo significado (Bene= bem + Dita= falada), mas fiquei roxa de medo da professora mencionar o bendito, e os meninos me apelidarem...
Achei que meus pais eram adotivos. Só podia ser! Colocar um nome desses numa filha era desumano. Comecei a observar meus irmãos, cada um de uma cor, uns pareciam com minha mãe, outros com meu pai e eu não parecia com nenhum. Era adotada, tinha certeza! Essa certeza durou até aos nove ou dez anos. Aí descobri que era filha legítima. Herdei a mente fantasiosa do meu avô e do meu pai(os dois eram meio dementes... E eu dementinha).
Quer saber como descobri que herdei isso??? Bem, aos 10 anos eu ficava sonhando acordada: Estava num tribunal: Meu pai e minha mãe na frente do juiz, tendo que explicar o porquê desse meu nome e eles não conseguiam fazê-lo! É claro que não poderiam jamais explicar esse nome! Como faltava explicação, então prisão perpétua. E eu pedindo clemência por eles ao senhor juiz. Sendo benevolente com quem não deve dó de mim nem um pouquinho ao colocar Marly Benedita como nome pra sempre meu.
Estava me revelando uma garota má. Ficar fantasiando a prisão dos pais era pecado. Pedi perdão pra Deus. E continuei com meu nome... Marly Benedita!
A luz no fim do túnel acendeu quando eu tinha 17 anos: Ia casar e assim mudar meu nome. Era essa oportunidade ou nunca mais! Todavia, quando fomos dar entrada nos papéis para o casamento, no cartório, descobri que não poderia tirar o Benedita, pois esse era nome próprio. Quase desisti do casamento. Casei assim mesmo.
A vida passou, acomodou. Criei e recriei meus conceitos. Os anos dourados, me ensinaram que a gente faz o nome. Marly pode ser um nome sem significação, mas eu sou a Marly e tenho meus valores,conceitos e formação. E isso me faz única e especial. E Benedita é arcaico, velho, ultrapassado, mas é com orgulho que homenageio minha avó com ele! Uma centenária com mente lúcida, mulher vivida e experimentada . bem dita é ela no meio da parentela, que teve o privilégio de contemplar a sua quarta geração!
Muito prazer, então! Eu sou a Marly Benedita (Única em código genético, e provavelmente única no nome)
Eu, Marly Bastos

segunda-feira, 21 de março de 2011

DIA INTERNACIONAL DA POESIA


HOJE DIA 21 DE MARÇO É O DIA MUNDIAL DA POESIA!
Esse dia é comemorado em mais de cem países, e essa data foi promulgada pela UNESCO para ser celebrada como Dia Mundial da Poesia.

Poetar é mais do que arte em escrever versos, pois retrata o que há de mais comovente nas coisas, seres, ações, acontecimentos, sentimentos e encanto. A poesia é uma arte quente, que respira, transpira, transborda, geme, chora e também sorri. Ela é uma extensão do espírito humano. É o gênero literário que permite ao autor, maior liberdade de expressar os seus sentimentos. Então, poema é o tema, e a poesia é a forma de expressar o poema. Poesia é o conhecimento intuitivo do meu "eu lírico". Resumindo, eu diria que a poesia é a alma do coração poético!

Parabéns à todos aqueles que dão formas aos pensamentos impensáveis, aos sentimentos cristalizados de seus "imos" que a alma não comporta mais.
Marly Bastos

"PROCURA DA POESIA" (Trecho)

Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.

(Carlos Drummond de Andrade)

domingo, 20 de março de 2011

O AMOR É CÍCLICO




Estava pensando... O amor é cíclico! Seja de que origem for ele tem fases, assim como a lua. Ele tem a fase Nova de sentimentos; fase Cheia de romance; fase Crescente, intensa e tudo é "demais"; e também a fase Minguante, aquela que as coisas precisam ser repensadas...
O amor morre, não na essência, mas na forma. Ele também mata. Mata ás vezes, o medo da entrega, mata o egoísmo, mata a carência... E mata!!! Quem nunca morreu por amor???
E os cios que o amor tem?? Tempos de fertilidade e tempos em que fica estéril, seco. O amor precisa de cuidados, de versos, de estrelas, de beijos, de surpresas, de respeito, de responsabilidades, etc. O amor é atrevido, enxerido. O amor é pedaço, que busca complemento.

Ele é improviso, vem sem avisar.
O amor é fato!! Mas, é inexato.
As vezes é chegada, outras partida.
Ele é busca e achado.
Amor é mais que amizade ou paixão,
Amor é profunda dedicação,
É um vínculo afetivo imutável e intenso.
O amor subjuga vontades e o querer sensato...
Aí, ele é confusão,
Conspiração,
Intuição
E doação.
É caminho, é perdição...
Amor, sentimento contraditório:
É mais que um, é comum.
Amor é fusão e ao mesmo tempo solidão...
Amor é sem razão, totalmente coração!!!
Marly Bastos

sábado, 19 de março de 2011

ADEUS LUZIA!


Óh Deus, como é efêmera essa nossa vida. Sei que estamos aqui de passagem apenas, e que um dia um iremos pros Teus braços, seja para honra e glória, ou para nojo e vergonha. Senhor, tenho consciência que a morte busca todos e que um dia seremos ceifados, retirados dos braços familiares, dos laços de amizades, e seremos apenas lembranças... Pai, sei disso, mas dói quando uma dessas pessoas que fazem parte do nosso viver se vai.
E a Luzia se foi. Foi com ela a vontade de “zerar o velocímetro” e começar de novo. De ficar bela para o novo amor, de terminar o curso pra mudar de cargo, de comprar um carro amarelo, de ter uma única bolsa da Gucci, de terminar a leitura daquele livro de “trocentas” páginas.
Foi! assim... E nos deixou estáticos com essa partida repentina, sem dizer adeus, sem dar a última gargalhada, sem fazer aquele último elogio(ela achava sempre alguma coisa, em todos para elogiar). Se foi... Deixando o corpo inerte e entubado. Deixou a casa chamada corpo sem resistir. Queria que ela fosse como os invasores de terras, que se agarram às suas casas até que a polícia desiste de derrubá-las. Por que a Luzia não se agarrou à sua casa até que a morte desistisse dela?
Foi-se. Com o corpo lipado, esticado, e com o pulmão cheio de sangue coagulado. Teve embolia pulmonar . Preferia que estivesse aqui, com o corpo cheio de gordurinhas e flácido...Uma fatalidade apenas, uma desculpa para a morte, vir e levar para a eterna viagem.
Óh morte, lutamos contigo a vida toda, mas apenas um dia és vencedora. Hoje, a Luzia sucumbia à tua força, ouviu o teu chamar. Mas, sei que a entregaste aos cuidados dos céus, pois o Criador Supremo, tem nas mãos o poder da vida e também sobre ti, cruel morte.
Agora é hora de enfrentar o velório, e o esquife em que ela jaz em meio a flores brancas...
Não sei por quanto tempo será nosso adeus Luzia, pois a vida é incerta e não sei quando cada um de nós, que hoje chora por você será chamado para os braços do Criador. Então, até nos ver, descanse em paz...
Marly Bastos

sexta-feira, 18 de março de 2011

20 DE MARÇO É O DIA DO BLOGUEIRO. PARABÉNS!!!

BLOGUEIROS




Sabemos que a vida de blogueiro vai além de publicar seus próprios textos, pois como passarinho procurando ninho, ele sai aqui e ali procurando pouso, conhecendo novas páginas, enchendo os olhos com o prazer de ler bons textos, garimpando talentos, achando verdadeiros tesouros nesse mundo virtual.

O blogueiro se desnuda nos seus textos, expressando seus tons emotivos, apaixonados, sátiros, jocosos, críticos, singelos, refinados... No mundo do blogueiro, não há muita imparcialidade, pois se escreve com sangue da veia humana – Somos humanos - temos impressões e opiniões próprias acerca das coisas que nos rodeiam, e isso colocamos no nosso blog com muita criatividade e conhecimento de causa.

O blogueiro tem prazer em escrever, pesquisar, trocar informações com o mundo. Ele adora mimos, comentários, ser reconhecido. “Ovula” quando vê um pedacinho da sua escrita rodando por aí, e tem um “orgasmo múltiplo” quando vê seu texto integralmente postado em outro blog, ou mesmo em alguma outra parte onde a escrita se faz. E seu nome escrito embaixo com todos os créditos? Ahhhhh! É Sentimento indescritível...
Marly Bastos

terça-feira, 15 de março de 2011

Dá pra entender???

Alguém disse que meu blog é uma salada. Eu concordo plenamente com essa afirmação, pois o criei como forma de me expressar, de colocar meus pensamentos pra fora da casinha chamada mente. Eu penso tudo, analiso um bocado e reflito sobre algumas coisas. E meus pensamentos são vários, minha análise é baseada na minha vivência e minha reflexão é produto do anseio da minha alma. Por dedução, eu sou uma salada (de sentimentos, análises e reflexões) bem temperada às vezes, e insossa outras. Poderia dizer que por vezes minha razão mergulha num copo d’água , e minha insanidade num oceano. É assim que eu sou: profunda e rasa, razão e loucura, lógica e dedutiva, forte e frágil, rápida e lenta, mulher e menina, ousada e ingênua... Enfim sou de metades. E essas metades brigam para prevalecer e nem sempre(ou quase nunca, pra ser sincera) a parte melhor ganha.
Meu blog não é convencional, como eu não sou. Nunca fui. Quando eu era criança, achavam-me meio esquisitinha. E eu era. Quando eu era adolescente, achavam-me meio esquisita. E eu fui. Hoje, ainda me acham esquisitona. E eu ainda sou... Mas, minhas esquisitices é meu diferencial.
Estava falando do meu blog né? Essas divagações!!... Na verdade eu queria era falar um pouco da minha tese de mestrado, mas precisava antes sondar, ver a recepção do assunto pelos leitores. O tema é“ A LITERATURA INFANTIL COMO OBJETO DE UM (RE) PENSAR SOBRE O BULLYING NO CONTEXTO ESCOLAR.” É um assunto atual, interessante, mas que tenho encontrado resistência por parte dos professores em cooperar com o estudo de campo. Queria ao menos ter a chance de explicar como a psicanálise pode contribuir para a erradicação(ao menos parcial) desse fenômeno que cresce nos meios sociais de forma tão bruta e causando tantos problemas psicológicos.
O texto ficou uma salada né? As idéias fluem, fazem os dedos correrem no teclado, e eu tenho que me policiar pra não pular de um assunto pra outro, afinal onde ficaria a coerência se eu lançasse minha mente nas letras simplesmente? Veio à minha mente, escrever que estou com fome de pão de queijo e café fresquinho, mas aí seria loucura mesmo... Mas que estou, estou.
Dá pra você agora entender o meu blog? E não me venha com essa história de que devo criar outro blog pra postar isso ou aquilo, pois seria o mesmo que dizer que eu tenho que me dividir em várias partes. Não posso, pois modestamente, eu estou na medida certa! E ponto final.

Marly Bastos